Igreja Católica

Solenidade do Sagrado Coração de Jesus

Reprodução/CNBB

Celebramos, na sexta-feira, dia 27 de junho de 2025, a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, festa central que nos convida a contemplar o amor infinito de Deus revelado no Coração de seu Filho. Esse Coração, símbolo de toda a entrega, é ao mesmo tempo ferido pelo pecado da humanidade e aberto como fonte de salvação para todos nós. No Ano C da nossa liturgia, o Evangelho nos oferece a parábola da ovelha perdida (Lc 15,3-7), que expressa de forma belíssima esse amor que não desiste de ninguém, que sai ao encontro dos afastados e que se alegra mais com o resgate de um só pecador do que com os que já se consideram salvos.

Jesus conta que, se um pastor perde uma ovelha, ele deixa as outras noventa e nove e vai em busca daquela que se perdeu. Isso pode parecer insensato aos olhos do mundo, mas revela a lógica do amor divino: um amor que não mede, não calcula, não compara, mas valoriza cada filho como único. E quando a ovelha é encontrada, o pastor a carrega nos ombros, com ternura, e convida os vizinhos a celebrarem com ele. Assim é o Coração de Jesus: um coração que sofre quando perdemos o rumo, mas que se alegra profundamente com cada reencontro.

Na primeira leitura, do profeta Ezequiel (Ez 34,11-16), ouvimos o Senhor dizendo: “Eu mesmo apascentarei minhas ovelhas”. Deus não é um chefe distante, mas um pastor presente, que busca, que cuida, que sara as feridas. Tudo isso se realiza plenamente em Cristo, cujo Coração é fonte de misericórdia, mansidão e compaixão. E na segunda leitura, da carta de São Paulo aos Romanos (Rm 5,5-11), vemos que esse amor nos foi derramado “pelo Espírito Santo que nos foi dado”. Jesus não nos amou quando estávamos prontos, mas quando éramos fracos, pecadores e inimigos. Seu amor antecede nosso mérito. Ele morreu por nós por pura graça.

Celebrar o Sagrado Coração é celebrar a centralidade do amor que salva, que perdoa antes mesmo de ser pedido, que não se cansa de recomeçar. Este Coração é humilde e manso, como Ele mesmo disse: “Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração” (Mt 11,29). Em um tempo de tantos corações endurecidos, frios, rancorosos, vingativos, somos chamados a beber dessa fonte de ternura e a nos deixar moldar por ela.

A devoção ao Sagrado Coração, difundida com fervor por Santa Margarida Maria Alacoque no século XVII, nos convida à confiança no amor de Deus, especialmente através da Eucaristia, do sacramento da Reconciliação e da oração. Não se trata apenas de um símbolo, mas de um caminho espiritual, que nos convida a configurar nosso coração ao de Jesus, para amarmos como Ele ama, perdoarmos como Ele perdoa, cuidarmos como Ele cuida.

O Coração de Jesus continua hoje, na Igreja, batendo pelos seus filhos: na Palavra proclamada, na Eucaristia celebrada, no pobre atendido, no pecador perdoado. E cabe a nós, como discípulos, nos deixarmos encontrar por esse Pastor que não desiste de ninguém, mesmo quando nós mesmos desistimos de nós.

Caríssimos irmãos, aproximemo-nos hoje com confiança desse Coração que arde de amor por nós. Apresentemos nossas ovelhas perdidas: nossas dores, nossos pecados, nossos filhos afastados da fé, nossos sentimentos feridos. E peçamos: “Jesus manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao vosso”.

Que esta Solenidade reacenda em nossas comunidades o zelo pastoral, a compaixão com os feridos e o acolhimento aos que se afastaram. E que o Coração de Jesus, Rei de amor e de misericórdia, governe nossas vidas, nossas famílias e nossa Igreja. Amém.

(Fonte: CNBB/Dom Anuar Battisti/Arcebispo Emérito de Maringá (PR)

 

Deus abençoe você!

 

Missão Consagra- te

Gisele Botega

Historiadora e Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito Canônico São Paulo Apóstolo

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