Frituras são proibidas na merenda escolar
Visando estabelecer uma alimentação balanceada aos alunos da rede municipal, a Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento, não permite que frituras e alimentos com alto teor de gordura trans façam parte da merenda escolar.
Isso porque estudos mostram que intervenções em crianças, principalmente antes dos 10 anos de idade ou na adolescência, reduzem a severidade da obesidade de forma mais eficaz do que quando essas intervenções ocorrem na idade adulta. Visto que pais e educadores podem influenciar na dieta das crianças, há toda uma preocupação de ambas as partes para que haja esse controle alimentar.
Segundo Thearlene Alves Botelho, diretora do Departamento de Abastecimento, os cardápios do município de São Carlos são elaborados respeitando as necessidades energéticas dos alunos segundo a faixa etária em que eles se encontram. “No cardápio procuramos diversificar a variedade dos alimentos, modos de preparação e sempre incluímos frutas e verduras, já que a alimentação escolar é importante para o desenvolvimento cognitivo e motor dos alunos”, explica.
Botelho afirma que há todo um acompanhamento nutricional da merenda escolar por parte da Divisão de Alimentação Escolar (DAE) – composta por quatro nutricionistas que são responsáveis pela aquisição, controle de recebimento e distribuição de alimentos – e por parte Divisão de Segurança Alimentar, composta por cinco nutricionistas que realizam visitas técnicas nas unidades a fim de verificar a manipulação dos alimentos oferecidos aos alunos. “Nas unidades escolares estaduais existem cantinas que vendem alimentos, porém conforme orientação do Ministério da Saúde, estes produtos que devem seguir critérios alimentares mais saudáveis”, elucida Botelho.
Geralmente, são alvo de restrição os produtos de alto teor energético e que garantem baixo ou nenhum valor de vitaminas e fibras. Balas, biscoitos recheados, salgadinhos e refrigerantes são exemplos de alimentos que intensificam o problema da obesidade infantil e não trazem benefício algum para a saúde da criança. Dessa maneira, a adoção de diretrizes que restrinjam certos tipos de alimentos no ambiente escolar são uma alternativa para introduzir, desde a infância, uma alimentação mais saudável, evitando o desenvolvimento dessa doença.
