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ICMC lança projeto para criar Museu da Fauna e da Flora

25/10/2013 15h36 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
ICMC lança projeto para criar Museu da Fauna e da Flora

Um projeto inédito vai catalogar todas as espécies da fauna e da flora do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. Após a conclusão das pesquisas de catalogação, será criado o Museu da Fauna e da Flora do ICMC, que vai disponibilizar informações sobre as espécies existentes no espaço ocupado pelo Instituto dentro da área 1 do campus. Detalhes como nome, características, origem e história da espécie serão colocados em um espaço virtual.

 

O membro da equipe executora do trabalho, Paulo Celestini, conta que o projeto foi idealizado há dois anos pela direção do ICMC. “A ideia de criação desse museu surgiu com o objetivo de registrar, catalogar e ter disponível para a comunidade todas as espécies que estão aqui em nossa região”. Celestini comenta que o projeto contribuirá com o trabalho da área de gestão ambiental da USP, já que será realizado considerando-se sua aplicação em outras unidades. “Faremos nosso trabalho aqui no Instituto, porém com uma metodologia que possibilite a outras unidades também montarem seus modelos”, explicou.

A região onde está localizado o ICMC é conhecida por conter parte significativa das árvores que pertencem à área 1 do campus. É uma região com muitas espécies nativas, ou seja, que foram plantadas durante – ou até mesmo antes  – da construção dos prédios. Espécies de grande porte como flamboyant, sibipiruna, pinheiro e ipês compõem a flora do Instituto. Além disso, existem ainda muitas espécies frutíferas, como pés de amora, manga e goiaba.

 

Visitantes ilustres – A catalogação da fauna é uma tarefa mais difícil de ser feita. Segundo Celestini, a fauna do ICMC é composta, basicamente, por diversas espécies de pássaros. “Após a reforma da nossa área interna, as áreas verdes foram privilegiadas e os veículos deixaram de passar por dentro do Instituto, isso possibilitou a diversas espécies de pássaros viverem em nossos jardins”, explicou.

Porém, além dos pássaros, também é possível perceber a presença de outros animais que têm o hábito de visitar o Instituto.  “Às vezes, temos alguns visitantes ilustres que também compõem a nossa fauna”, brincou Celestini. É o caso dos gambás, morcegos, lagartos, araras, e até de um macaco-prego que foi fotografado em uma das árvores do ICMC.

 

Preservação da memória – A arquiteta responsável pelo projeto, Sonia Costardi, explica que o trabalho de catalogação da composição arbórea do ICMC já está em sua fase de finalização. Ela conta que, há alguns anos, a prefeitura do campus fez a verificação de todas as espécies que existiam na área 1 do campus. “Eu ainda não estava envolvida com as áreas verdes quando esse trabalho foi iniciado, mas eles percorreram o campus inteiro marcando as árvores e identificando cada uma delas. Esse levantamento gerou uma planta que tem nos ajudado a fazer essa pesquisa”, disse.

Devido às vistorias de segurança feitas no ICMC pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) durante o mês de setembro, foi traçado um diagnóstico sobre as condições e riscos que algumas espécies de árvores podem oferecer, identificando quais delas deverão ser suprimidas. Nesse caso, o museu ajudará também a preservar a memória dessas espécies  – já que muitas delas são nativas.

“Os técnicos do IPT detectaram que algumas árvores terão que ser suprimidas. Então, muitas espécies que vemos hoje, possivelmente, não estarão mais aqui no futuro. Por isso, esse registro fotográfico e de características gerais é importante. Isso vai acontecer principalmente com as árvores mais antigas, que são justamente a herança arbórea do campus e que têm muita história”, explicou a arquiteta.

 

Interação computacional – Todas as informações colhidas estão sendo armazenadas em uma base de dados conhecida como Rede da MemóriaVirtual Brasileira, espaço que reúne acervos em diversas áreas. A professora Elisa Nakagawa, do ICMC, explica que está sendo desenvolvido um sistema web para acesso ao museu virtual e navegação. “Criaremos uma interface para essa base de dados, trazendo a informação para o sistema, de forma que qualquer tipo de usuário possa navegar pelo museu”.

Além disso, cada árvore terá uma placa de identificação no tronco com um código eletrônico que vai remeter ao site do museu virtual. No site, será possível também acrescentar informações sobre as datas em que foram realizadas as últimas ações de manutenção nessa árvore e as verificações de risco pela Brigada de Arboristas. “O conjunto de todos esses detalhes é o que torna o museu tão interessante”, finalizou a professora.

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