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40 mil km é meta de ciclista que passa por Itirapina

09/02/2012 19h21 - Atualizado há 13 anos Publicado por: Redação
40 mil km é meta de ciclista que passa por Itirapina

“Eu queria conhecer o camponês nordestino, o ribeirinho amazonense, as peculiaridades de cada canto do país”. É com esse discurso que José Nilton Brito, ex-supervisor de qualidade no setor de metalurgia, justifica a instigante empreitada a que resolveu se submeter: percorrer 40 mil quilômetros, de bicicleta, por estradas brasileiras.

A viagem começou em junho de 2009 na cidade de Palmas, Tocantins, e desde então, José já passou por todos os Estados das regiões Norte e Nordeste. Recentemente, terminou de conhecer a região de Itirapina com uma parada na Prefeitura Municipal da cidade. Em dois cadernos invejavelmente organizados, o ciclista mostra testemunhos de pessoas que conheceu e até do prefeito do município, Dr. Omar de Oliveira Leite, relatando detalhes da passagem e da estadia do aventureiro. “Toda a viagem está documentada com datas e assinaturas”, garante.

O início – José saiu de sua casa no município de Xinguara, no Pará, com R$ 9 mil no bolso. “Achei que seria suficiente para toda a viagem. Ledo engano”, declara. O dinheiro acabou e o ciclista vem contando com a solidariedade das pessoas nos lugares por onde passa. “Comprei uma barraca e peço para acampar nos postos de combustível. Eles sempre permitem e, muitas vezes, oferecem refeições”, comemora o ciclista.

Para pequenos reparos na bicicleta, costuma procurar as secretarias de esporte municipais e estaduais, mas as negativas são frequentes. “Aí a população ajuda. Nunca fico na mão”, explica.

O medidor de quilometragem acoplado na bicicleta acusa os 27,3 mil quilômetros já percorridos, para prosseguir com sua aventura, José conta com o apoio da família e também de toda a população pelas cidades por onde passa e é recebido muitas vezes como uma celebridade. “Isto tudo é muito legal, sou um anônimo que chega às cidades e se torna conhecido. É gratificante e também envaidecedora a maneira como me tratam, porém, sempre peço a Deus que me mantenha uma pessoa humilde”, comenta.

A meta – Apesar das belezas que encontra por onde passa, o ciclista conta que o pior momento de sua viagem foi ser abordado por três rapazes quando estava no Amapá quando teve seus objetos roubados, mas não foi ferido, “Perdi somente as coisas materiais, mas estou aqui agora. Com coragem e fé eu peguei minha bicicleta e continuei meu caminho e continuarei até o fim”, diz. De acordo com o ciclista, a viagem terminará em Chuí, município brasileiro do extremo sul do estado do Rio Grande do Sul, ainda no primeiro semestre deste ano.

 

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