Badminton quer brilhar no Pan
Em 2007, durante os Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro, o badminton experimentou um interesse até então inédito no país: as partidas ganharam a presença de torcedores curiosos e o Brasil ganhou sua primeira medalha, um bronze em duplas masculinas, com Guilherme Kumasaka e Guilherme Pardo. Quatro anos depois, a modalidade estreia no Pan de Guadalajara neste sábado, 15, a partir das 9h (11h de Brasília), na Unidade Desportiva Revolución, com o sonho de repetir a façanha.
Com uma equipe renovada – apenas um dos oito atletas participou da campanha no Rio -, o Brasil enviou quatro jogadores para um período de treinamento de seis meses na Malásia, país de ponta no esporte, e para participações em competições internacionais, em temporada financiada pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB). “Temos uma expectativa boa, mas o Pan está com um nível altíssimo. Teremos três campeões mundiais na competição”, afirmou, cauteloso, o técnico Luís Fernando Marín.
Quarto cabeça-de-chave no torneio masculino de simples e brasileiro mais bem colocado no ranking mundial, Daniel Paiola, 21 anos, estreia contra o venezuelano Luis Camacho e aponta o guatemalteco Kevin Cordon como o grande nome a ser batido. “Cresci muito durante o período de treinos na Malásia, afinal tive contato com os melhores do mundo”, disse Paiola. “Temos chances de obter medalhas novamente”. No torneio de duplas para homens, Daniel joga com Hugo Arthuso, com quem conseguiu recentemente a terceira colocação no Brasil International de Badminton. A outra dupla brasileira é formada por Alex Tjong e Luiz Henrique dos Santos.
Na categoria feminina, as irmãs Luana e Lohaynny Vicente estreiam na competição com títulos do campeonato pan-americano junior no currículo. Já Fabiana da Silva, que forma dupla com Marina Eliezer, é a única remanescente do Pan do Rio. “A geração que veio agora ganhou mais investimento. Tivemos uma melhora bem acentuada de condições de lá para cá”, comemorou.
Desde Mar del Plata 1995 no programa esportivo da competição, o badminton é amplamente dominado por canadenses e americanos. Os dois países venceram 19 dos 20 ouros disputados nas cinco edições – apenas a Jamaica quebrou a hegemonia na categoria feminina individual em Santo Domingo 2003. “De fato, são os dois países que estão um nível acima. Fora eles, não temos mais nada a temer”, disse o técnico Marín. (cob.com.br)
Foto: Gaspar Nóbrega/Inovafoto/COB{jcomments on}
