Newton critica agência que rebaixou nota de risco do Brasil
O deputado federal Newton Lima (PT-SP) criticou, nesta quinta-feira, 27, a agência americana de risco Standard and Poor´s, que esta semana rebaixou a nota de classificação da economia brasileira de BBB para BBB-. Em um discurso duro na Câmara dos Deputados, o parlamentar afirmou que a decisão da agência teve um caráter político, uma vez que a Standard and Poor´s não possui credibilidade desde 2008, quando deu nota AAA ao banco americano Lehman Brothers um mês antes de a instituição ir à falência. A quebra do banco foi o estopim da maior crise econômica mundial em 80 anos. “Foi uma atitude de caráter político de uma agência que é desacreditada no mundo todo”, disse Newton Lima.
O deputado citou o economista norte-americano Paul Krugman, prêmio Nobel de Economia, que recentemente participou de um seminário no Brasil e teceu opiniões positivas acerca da economia brasileira. “Como disse Paul Krugman, a economia do Brasil não enfrenta problemas graves. A grande dificuldade é que o crescimento mundial continua persistentemente fraco, como têm dito o ministro Mantega e a presidenta Dilma”, afirmou. Newton Lima afirmou ainda que a economia brasileira não está mais vulnerável a choques externos, já que o Banco Central acumula reservas internacionais que somam US$ 375 bilhões, o quinto maior volume de divisas entre os países do G 20.
O parlamentar acusou a oposição e parte da mídia de fazerem “terrorismo econômico” ao reverberar as informações da agência de risco. Newton Lima lembrou que durante o governo de Fernando Henrique Cardoso a economia brasileira esteve sempre vulnerável nas crises de 1995, 1997, 1998 e 2002 e que as reservas internacionais do país no governo tucano eram de apenas US$ 38 bilhões. “Hoje, depois de 11 anos e meio de governo do Partido dos Trabalhadores, temos dez vezes mais do que isso”, provocou. O parlamentar finalizou o discurso dizendo que o Brasil vive hoje uma situação de “pleno emprego”, com uma taxa de desemprego abaixo dos 5%, o menor patamar da história.
