Crítica especializada elogia Capitão América 2 – O Soldado Invernal
Com este emblemático Capitão América 2 – O Soldado Invernal, a produtora Marvel Studios conseguiu da crítica especializada o reconhecimento como melhor ou mais interessante filme já feito com o selo Marvel. Nem mesmo títulos elogiadíssimos como X-Men 1 e 2 e Homem-Aranha 2 conseguem bater de frente com o longa dirigido por Anthony e Joe Russo.
Os críticos arriscaram a dizer que a fita é tão importante para o estúdio Marvel, quanto Batman – O Cavaleiro das Trevas (2008) foi para a rival DC.
O filme Capitão América 2 – O Soldado Invernal está em cartaz na cidade. Confira a programação dos cinemas na página C6.
As escolhas narrativas e abordagens temáticas dos irmãos Anthony e Joe Russo, são cirúrgicas e precisas. Os diretores, diferente do que muitos pensavam, deixam de lado os ares conspiratórios do conto original, e seguem uma linha mais documental.
Câmeras de mão eletrizantes, recheadas de planos detalhes, com forte impacto nas cenas de luta e perseguição. Os diretores investiram em planos mais abertos, se dando ao luxo de poder contar com vários efeitos especiais.
O roteiro da dupla Christopher Markus e Stephen McFeely, é uma atração à parte, pois possui várias subtramas e consegue desenvolver bem todas elas. Com uma enorme gama de personagens, por criar, com sucesso, o processo de identificação, passamos por vários ciclos dentro da história.
A HISTÓRIA
O Capitão América é um herói à moda antiga. Quando ele surgiu, nos anos 1940, era uma peça de propaganda – na capa da sua primeira aparição nos quadrinhos, o personagem era visto esmurrando Adolf Hitler! Aquela época, apesar de sangrenta, era mais simples: havia os “mocinhos” (os americanos) e os “bandidos” (os nazistas), e não havia meio termo. Essa atmosfera foi perfeitamente captada pelo deliciosamente antiquado primeiro filme do herói produzido pelo Marvel Studios, lançado em 2011.
Enquanto o primeiro longa do Capitão era uma aventura nostálgica, este segundo é um filme mais sério e até mesmo sombrio em alguns momentos – especialmente para os padrões do Marvel Studios. Agora, o bem e o mal não têm contornos tão definidos quanto na época da Segunda Guerra. A trama aborda o tema da espionagem do governo sobre a população, e as novas armas da SHIELD equivalem, no nosso mundo, aos “drones” com os quais o governo americano consegue atacar seus inimigos à distância.
Os diretores com pouca experiência em cinema alcançam um equilíbrio entre as cenas de ação (bem filmadas e energéticas) com cenas de humor e até momentos dramáticos. O humor, apropriadamente, vem em pequenas doses para manter a tensão da história.