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Quebrando tabus

07/03/2012 17h30 - Atualizado há 13 anos Publicado por: Redação
Quebrando tabus

Desde 1991, a Anistia Internacional considera a discriminação contra homossexuais uma violação aos direitos humanos. No entanto, a educadora física Alessandra Marcello conta que, às vezes, ainda nota no olhar das pessoas certa hostilidade em relação à sua orientação sexual, mas não se incomoda. “A partir do momento que você se dá o respeito, você é respeitado”, afirma.

A atração por pessoas do mesmo sexo veio quando era adolescente, antes mesmo de completar 18 anos. Já namorou e se apaixonou por homens. Inclusive, foi com um desses homens que teve uma filha, hoje com 21 anos. “Minha filha aceita muito bem minha orientação, pois eu sempre deixei tudo muito claro pra ela, nunca escondi nada”, conta Alessandra.

Assumir o desejo por outras mulheres não foi tarefa fácil e, de acordo com Alessandra, na época em que resolveu abrir o jogo com os pais, eles não aceitaram muito bem, especialmente o pai. “Hoje nossa relação é normal, eles sabem, aceitam e rimos de tudo isso. Para o meu pai foi um pouco mais difícil, mas hoje conversamos abertamentente sobre o assunto. Não existe mais aquele tabu”, relata a educadora física.

Hoje, não somente os pais e a filha, mas todos os amigos sabem de sua orientação sexual. Para Alessandra, apesar de não ser o seu caso, ainda há um estereótipo da lésbica masculinizada, o que talvez contribua para o preconceito que, em pleno século XXI, ainda pode ser observado. “A mulher pode gostar de outra mulher sem perder sua feminilidade”, afirma.

Apesar do que Alessandra conta ter vivenciado algumas vezes, na opinião da psicóloga Lidiane Ferreira, a discriminacação contra homossexuais vem diminuindo muito. Além de o assunto ser constantemente abordado pela mídia, ela acredita que a signifcativa presença de pessoas frequentando as paradas gays, inclusive em São Carlos, mostra que a sociedade está mais aberta. “Programas de televisão, novelas tratam do tema com naturalidade. Contar para a família sempre foi o grande tabu. Mas acredito que as mães dessa geração lidam com o fato de uma maneira muito melhor do que há uns 10 anos atrás”, avalia.

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