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Falta gasolina em todos postos de SP

08/03/2012 00h13 - Atualizado há 13 anos Publicado por: Redação
Falta gasolina em todos postos de SP

Todos os postos de São Paulo e da região metropolitana da capital paulista estão sem gasolina e somente alguns poucos tem estoque de etanol para vender aos consumidores, disse nesta quarta-feira, 7, o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), Alisio Vaz.

“Cem por cento dos postos de São Paulo estão sem gasolina”, disse Vaz em entrevista coletiva. “Um ou outro ainda tem um pouquinho de etanol”, acrescentou.

A falta de combustível na capital paulista tem sido sentida desde a terça-feira, depois que caminhoneiros paralisaram na segunda-feira a entrega de combustíveis na cidade em protesto contra uma medida da prefeitura que restringe o trânsito de caminhões na Marginal Tietê, via que liga a cidade a importantes rodovias, como a Fernão Dias e Presidente Dutra.

Segundo Vaz, nas últimas 24 horas foram entregues 2 milhões de litros de gasolina quando o normal é entre 30 milhões a 40 milhões de litros.

Houve relatos de violência contra caminhoneiros que tentaram entregar combustível apesar da paralisação, o que levou a Polícia Militar a montar um gabinete de crise para tratar da situação e a fazer escoltas dos carregamentos.

De acordo com a PM, só nesta quarta pelo menos 37 escoltas foram realizadas. O Sindicom informou que os serviços essenciais -como hospitais, aeroportos e polícia- têm sido atendidos com ajuda da PM.

Na noite desta terça-feira, 6, o Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu liminar que determina aos sindicatos que representam os caminhoneiros que retomem a normalidade dos serviços sob pena de multa diária de 1 milhão de reais.

Procurado pela Reuters, o Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de São Paulo (Sindicam-SP) informou que a direção do movimento estava reunida desde a manhã e ainda não havia decisão sobre a continuidade ou não do movimento.

Também nesta quarta, a polícia chegou a prender pessoas ligadas a postos de gasolina que praticaram preços considerados abusivos. Segundo a PM, em um dos casos, chegou-se a cobrar 5 reais no litro da gasolina, quando o preço normal é inferior a 3 reais o litro .

Segundo Vaz, do Sindicom, a expectativa das distribuidoras é que, caso se chegue a um acordo nesta quarta, demoraria cerca de três dias para a normalização do abastecimento nos postos de São Paulo.

“Isso se houver liberação da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego)”, disse Vaz, referindo-se à restrição ao tráfego de caminhões na Marginal Tietê.

De acordo com o presidente do Sindicom, caso não exista essa liberação, a normalização do abastecimento levaria mais de uma semana.

O Sindicom informou que, se houver acordo para que os caminhoneiros voltem ao trabalho, a entidade vai propor à CET e à prefeitura que a restrição seja retirada temporariamente e somente para caminhões que transportam combustíveis.

Vaz ressaltou, no entanto, que para isso, primeiro os caminhoneiros precisariam concordar em retornar ao trabalho.

A prefeitura de São Paulo, entretanto, não deu até o momento indicações de que tenha intenção de rever a medida.

 

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