EUA abrem 227 mil empregos
A geração de empregos nos Estados Unidos registrou sólido crescimento pelo terceiro mês consecutivo em fevereiro, num sinal de que a recuperação da economia está se espalhando e de que há menor necessidade de mais estímulos por parte do Federal Reserve (banco central norte-americano).
Os empregadores do país contrataram mais 227 mil trabalhadores no mês passado, informou o Departamento do Trabalho nesta sexta-feira, 9, enquanto a taxa de desemprego manteve-se na mínima em três anos, em 8,3 por cento.
Fevereiro marcou a primeira vez desde o início de 2011 que a geração de emprego ficou acima de 200 mil vagas por três meses consecutivos, o que aumenta as chances de reeleição do presidente Barack Obama.
A economia criou 61 mil postos de trabalho a mais em dezembro e janeiro do que o anteriormente informado, e a taxa de desemprego manteve-se estável mesmo com mais pessoas voltando ao mercado de trabalho.
Embora o mercado de trabalho nos EUA esteja se fortalecendo, o ritmo de melhora continua lento demais para absorver os 23,5 milhões de norte-americanos que estão desempregados ou subempregados.
Na semana passada, o chairman do Fed, Ben Bernanke, descreveu o mercado de trabalho como “longe do normal” e disse que a continuação da melhora exigir uma demanda mais forte por bens e serviços do país.
Bernanke também sugeriu que as perspectivas teriam se deteriorado para que o banco central dos EUA embarcasse em outra rodada de compra de ativos para derrubar as taxas de juros. Autoridades disseram em janeiro esperar que o crescimento deste ano não passe de 2,7 por cento.
O relatório de emprego, que dá o tom para os mercados financeiros em todo o mundo, somou-se à lista de dados que destacam a força da economia norte-americana.
O documento também ofereceu um sinal de esperança para a recuperação global, num momento em que o crescimento está desacelerando na China e a zona do euro parece estar escorregando numa recessão.