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Elas também estão sobre duas rodas

13/03/2012 17h37 - Atualizado há 13 anos Publicado por: Redação
Elas também estão sobre duas rodas

Basta parar por alguns minutos e prestar atenção no trânsito para encontrar uma mulher sobre duas rodas. No Brasil, dados do Departamento Nacional de Trânsito apontam que,

em cinco anos, o crescimento no número de condutoras habilitadas foi de 56,4%. Além disso, 25% da frota nacional de motocicletas pertencem às mulheres.

Em São Carlos, a quantidade deste tipo de veículo até janeiro de 2012, segundo dados do Denatran, ultrapassava 24 mil. No entanto, de acordo com o diretor da 26ª Ciretran de São Carlos, Maurício Dotta, não existem dados específicos que demonstrem qual o porcentual exato de mulheres que possuem motocicletas na cidade. Porém, pelo que se pode observar no trânsito, é cada vez mais frequente o uso do veículo pelo sexo feminino. “Não há como especificar quantas carteiras de habilitação de motos foram emitidas para mulheres, mas factualmente eu vejo que a quantidade de mulheres dirigindo motos é maior”, afirma.

Para Rodrigo Caballero, gerente da loja Novamoto, concessionária especializada em produtos Honda Motos, o aumento é notório. Segundo ele, a cada 10 motos, quatro são vendidas para mulheres. “A procura, inclusive, não é somente por scooters ou motos menos potentes, muitas mulheres já conduzem motocicletas de altas cilindradas. Vendemos tanto para a mulher que é mãe quanto para mulheres que utilizam a moto como meio de transporte para ir ao trabalho”, relata.

É o caso da manicure Clarice Ribeiro que há 10 anos dirige motocicletas. Ela conta que como seu trabalho exige que ela se locomova inúmeras vezes ao longo do dia, já que costuma ir até a casa de clientes para atendê-las, optou pela moto para economizar tempo e dinheiro. “O movimento de carros hoje é muito intenso, eu perdia muito tempo. Sem falar que é mais fácil para estacionar. Hoje, acredito que mais mulheres preferem a moto devido ao preço, às facilidades de pagamento e à facilidade de compra desse veículo”, afirma.

Já a vendedora Tamires da Veiga acredita que o significativo aumento de mulheres que deixam a garupa e assumem a direção de motos se deu porque muitas perderam o medo de conduzi-las. “Eu comprei minha primeira moto há dois anos, era uma Honda Biz de 125 cilindradas. Agora tenho uma CBX de 250 cilindradas. Conforme vamos pegando prática, a vontade de dirigir uma moto mais potente também aumenta. Além da sensação de liberdade, um fator que influencia o uso de motos é o gasto com combustível, por exemplo, que é muito menor do que quando se tem um carro”, opina.

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