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Indústria do aço se alia para cobrar apoio

15/03/2012 16h11 - Atualizado há 13 anos Publicado por: Redação
Indústria do aço se alia para cobrar apoio

Vários setores da cadeia de aço brasileira se aliaram para cobrar do governo medidas que contenham importações e ajudem a indústria da transformação a melhorar sua competitividade e a enfrentar o que chamam de desindustrialização do país.

 

Entidades nem sempre muito aliadas como Instituto Aço Brasil (IABr), das usinas siderúrgicas, Sindisider (da distribuição de aços planos) e Abimaq (de máquinas e equipamentos) devem se reunir com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, na próxima segunda-feira, com uma pauta que inclui também a unificação do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS).

Segundo o Sindisider, a importação indireta de aço pelo Brasil, na forma de produtos acabados como automóveis e máquinas, disparou 113,6 por cento em2011. Aprodução nacional de aço bruto, enquanto isso, subiu 6,8 por cento, para 35 milhões de toneladas.

Além das três entidades, o encontro de segunda-feira reunirá representantes dos setores elétrico e eletrônico (Abinee), construção metálica (ABCEM), fundição (Abifa), aço inoxidável (Abinox), tubos (Abitam), ferroviário (Simefre) e da indústria plástica (Abiplast).

“Quando pega fogo na floresta, todo mundo corre junto. Estamos hoje com fogo na floresta. Ninguém está preocupado se aço está barato ou caro. A desinsdustrialização está muito forte”, afirmou o presidente do Sindisider, Carlos Loureiro.

“Hoje há sentimento geral de que já se percebe, tanto o governo, quanto os agentes econômicos, que não existe um choro generalizado (…) Hoje está muito claro que estamos vivendo um problema”, disse Loureiro.

Ele lembrou que em2011 aindústria de transformação cresceu parco 0,1 por cento, enquanto a produção de veículos no Brasil expandiu 0,7 por cento “porque de cada quatro carros vendidos no Brasil no ano passado, um foi importado”.

A reunião acontecerá em meio à desaceleração da indústria brasileira, cuja produção caiu 2,1 por cento em janeiro ante dezembro, na maior redução mensal desde dezembro de 2008. O encontro também ocorre perto da divulgação pelo governo de medidas de incentivo à indústria, em complementação ao chamado Plano Brasil Maior, lançado no ano passado.

Nesta quinta-feira, 15, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, se reúne com representantes de quatro outros setores industriais – têxtil, moveleiro, autopeças e aeroespacial- para discutir medidas de desoneração da folha de pagamento.

 

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