Liderança do PT no Senado defende CPI
A liderança do PT no Senado passou a defender nesta segunda-feira,9, ainstalação de CPI sobre as vinculações políticas do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, acusado de comandar uma rede de jogos ilícitos, depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) negar acesso aos autos de inquérito sobre o tema à corregedoria e ao Conselho de Ética da Casa.
O líder do PT no Senado, Walter Pinheiro, anunciou que os 13 senadores do partido irão discutir a partir desta terça-feira, 10, o texto para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e, a partir disso, coletar assinaturas.
Pinheiro afirmou à Reuters que essa passou a ser a única forma de o Senado ter acesso ao inquérito que investiga as relações de Cachoeira, preso desde fevereiro, com o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO).
No Senado são necessárias 27 assinaturas para a criação de uma CPI. Já há assinaturas suficientes na Câmara para a instalação, mas os presidentes das duas Casas precisam autorizar.
“A única forma que temos para investigar os fatos se tornou uma CPI”, disse Pinheiro ao comentar a negativa do STF.
Ele defendeu a investigação como forma de o Senado se livrar da imagem de que é corporativista.
COMISSÃO DE ÉTICA
A escolha do novo presidente da Comissão de Ética do Senado, que deveria ter ocorrido nesta segunda, foi adiada porque o parlamentar convidado, Vital do Rego (PMDB-PB), pediu um dia para estudar se o regimento permitia que acumulasse o posto com o de relator da Lei Geral da Copa.
O PMDB tem direito de indicar o presidente da comissão, que irá conduzir o processo que poderá resultar na cassação de Demóstenes Torres, por suas ligações com Cachoeira.