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Barein condena campanha contra GP da F1

10/04/2012 22h29 - Atualizado há 13 anos Publicado por: Redação
Barein condena campanha contra GP da F1

Os organizadores do Grande Prêmio do Barein de Fórmula 1 se mobilizaram nesta terça-feira, 10, para evitar o cancelamento da prova, e acusaram “observadores de poltrona” e “grupos extremistas” de estarem por trás da campanha contra a corrida.

 

O Circuito Internacional do Barein apresentou depoimentos de observadores estrangeiros, inclusive o embaixador britânico e dois membros da equipe Lotus, defendendo a realização do GP no dia 22.

O GP do ano passado já foi cancelado devido à crise política no país, que inclui uma violenta repressão e uma intervenção militar estrangeira contra protestos que são parte da Primavera Árabe.

As equipes devem decidir no próximo fim de semana, durante o GP de Xangai, sobre se irão ou não correr neste ano no golfo Pérsico. Um dirigente não-identificado disse ao jornal britânico Guardian que todas as equipes torcem para que a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) cancele a etapa.

Os organizadores disseram que representantes da Lotus apresentaram às demais equipes um relatório dizendo que o Barein tem condições de garantir a segurança dos participantes, e que eventuais protestos tendem a ser pacíficos – “Vocês verão talvez alguns cartazes sendo agitados, e talvez alguns pneus em chamas, mas isso é tudo que eles esperam”, diz o trecho divulgado pelo circuito.

“Saímos do Barein nos sentindo muito mais confiantes de que está tudo pronto”, acrescentaram os representantes da Lotus. “Se não fosse um pouco mais de policiamento, você não veria diferença em relação ao último ano em que estivemos lá (2010).”

O comunicado do Circuito também cita John Yates, ex-comissário-assistente da Polícia Metropolitana de Londres e atual assessor do ministério barenita do Interior, segundo quem o policiamento será discreto. “Não há nada de forma alguma que leve ao adiamento da corrida”, afirmou.

Zayed al Zayani, presidente do Circuito, disse que “observadores de poltrona” estão alimentando o debate, à custa de partes neutras “que se deram ao trabalho de investigar a situação em primeira mão”.

“Isso, junto com as táticas amedrontadoras de certos pequenos grupos extremistas nos sites das redes sociais, tem criado enormes equívocos sobre a atual situação”, acrescentou.

A FIA diz manter contato diretos com embaixadas estrangeiras e autoridades do Barein, e o dirigente comercial da F1, Bernie Ecclestone, quer que a corrida aconteça.

Al Zayani disse no mês passado que a prova gera 220 milhões de dólares diretamente para a economia local, e outros400 a500 milhões de dólares indiretos.

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