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Água: ainda existe esperança

29/10/2014 10h35 - Atualizado há 10 anos Publicado por: Redação
Água: ainda existe esperança

Tomando o exemplo (que não é único) de Israel, que conseguiu implantar medidas efetivas de gerenciamento de água através de grandes investimentos nas áreas de ciência e tecnologia de ponta, o Brasil também já poderia ter alcançado meta semelhante se tivesse investido mais ao longo dos anos, já que o problema não é um mero acontecimento local ou regional que serve para alimentar rixas político-partidárias. Israel investiu muito na dessalinização da água do mar e na construção de dutos para transporte e circulação dessa água, medidas essas que resolveram os sérios problemas que existiam não só para consumo, como também para o cultivo de plantas em áreas áridas, ou mesmo na construção de tanques-rede de peixes em pleno deserto, utilizando água dessalinizada. Outras medidas utilizadas, por exemplo, na China e Índia, incluem atualmente, para além de um tratamento eficaz, a transposição (bem feita) de águas entre bacias, algo que é muito comum nesses países, tendo em vista a diminuição dos impactos provocados pela escassez do precioso líquido. Segundo especialistas, caso o processo de dessalinização fosse implantado no Brasil, ele resolveria, por exemplo, a problemática existente em todo o litoral nacional e, com isso, haveria água mais do que suficiente para abastecer o interior. Embora as preocupações sejam latentes e haja necessidade de se ter uma postura cívica e responsável em relação ao consumo e utilização individual, o certo é que ainda existe esperança, já que existe água suficiente no Brasil, só que ela não é bem distribuída. Por exemplo, enquanto na Amazônia tem um rio que descarga 225 mil metros cúbicos de água por segundo, diretamente no Oceano Atlântico, abastecendo uma população escassa, o sudeste tem uma população muito maior, com muito mais atividade econômica e muito menos água disponível. A problemática da água não deveria ser um instrumento político-partidário, mas sim um tema que congregasse vontades e investimentos sérios em benefício da sociedade. A conscientização relativa à utilização da água não é só para quem consome, mas também – e principalmente – para quem tem a obrigação de provê-la.

 

(*) Jornalista das áreas de ciência e tecnologia – correspondente internacional

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