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Docente da UFSCar é convidado a ocupar uma cátedra na Holanda

17/12/2014 18h29 - Atualizado há 10 anos Publicado por: Redação
Docente da UFSCar é convidado a ocupar uma cátedra na Holanda

O professor João Roberto Martins Filho, do Departamento de Ciências Sociais (DCSo) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), foi convidado a ocupar a cátedra Rui Barbosa de Estudos Brasileiros na Universiteit Leiden, na Holanda, entre 1° de fevereiro e 30 de abril de 2015. É a primeira vez que o convite foi feito a um professor de Ciência Política. Já ocuparam esta cátedra docentes de Teoria Literária, Geografia, Relações Internacionais e Sociologia, dentre outras áreas. “Esta cátedra existe desde 1998, e uma vez por ano um professor de universidade brasileira é convidado a ocupá-la para desenvolver pesquisas. A Universidade de Leiden foi fundada em 1575 e lá estudaram ou foram docentes nomes como o pintor Rembrandt Harmenszoon van Rijn, o teólogo e humanista Erasmo de Rotterdam, o jurista Hugo Grotius, o filósofo Baruch Spinoza e o filósofo, físico e matemático René Descartes”, conta Martins.

O docente é bacharel em Ciências Sociais pela Unicamp (1976), onde também concluiu o mestrado em Ciência Política (1986) e o doutorado em Ciências Sociais (1993). Atualmente é professor do DCSo e do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política (PPGPol). Trabalhou como pesquisador visitante na Universidade da Califórnia, Los Angeles (1997), no Centro de Estudos Brasileiros da Universidade de Oxford, na Inglaterra (outubro de 2006 a março 2007), na Faculdade de Artes e Ciências Sociais da Universidade de Waikato, Nova Zelândia (fevereiro-março de 2009), e no Latin American Center da Universidade de Oxford, na Inglaterra (janeiro-fevereiro de 2013). “Estou na UFSCar desde dezembro de 1988. Também fui presidente da Associação Brasileira de Estudos de Defesa (ABED) e orientei mais de 20 dissertações de mestrado e seis teses de doutorado”.

Martins comenta que já ocupou uma cátedra como convidado fora do País. “Foi a cátedra Rio Branco em Relações Internacionais no King´s College, em Londres, de janeiro a junho deste ano, com pesquisa sobre as relações entre as democracias europeias e o Brasil ditatorial”, relata.

 

Relatório sobre violações de direitos humanos no Brasil ditatorial

Durante um ano e meio de trabalho, finalizado em setembro deste ano, Martins atuou como consultor da Comissão Nacional da Verdade (CNV) na construção do documento sobre punições de militares, que fez parte do Relatório Final da CNV divulgado no último dia 10 de dezembro. O documento também teve a participação dos professores Samuel Soares e Paulo Cunha, ambos do Departamento de Educação Ciências Sociais e Política Internacional da Unesp, e do ex-oficial da Força Aérea Brasieleira (FAB) Sued Lima. “O grupo de trabalho pesquisou as perseguições aos militares. Tivemos duas reuniões iniciais em Brasília, com o então presidente da CNV, Cláudio Fontelles, e depois realizamos várias reuniões em Campinas para elaborar um texto sobre a história da participação dos militares na política brasileira. Depois deste trabalho de quase um ano e meio, apresentamos no começo de setembro aos membros da CNV um relatório de cerca de 12 páginas, que foi aproveitado parcialmente no texto final”, explica Martins.

O relatório completo tem mais de duas mil páginas e apresenta a versão oficial do Estado Brasileiro sobre as violações de direitos humanos no Brasil ditatorial.

A CNV, no âmbito da Casa Civil da Presidência da República, foi criada pela Lei 12528/2011 e instituída em 16 de maio de 2012. A Comissão tem por finalidade apurar graves violações de direitos humanos ocorridas entre 18 de setembro de 1946 e 5 de outubro de 1988, a fim de efetivar o direito à memória e à verdade histórica e promover a reconciliação nacional.

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