Jovens descobrem o ritmo da vida

30/04/2012 19h34 - Atualizado há 13 anos Publicado por: Redação

O Cemei (Centro Municipal de Educação Infantil) Prof. Vicente Paulo Rocha Keppe, no Jardim Santa Felícia e um espaço cedido pelo CPP (Centro do Professorado Paulista), na Vila Prado não tem arranjos milionários, muito menos uma produção glamourosa. Mas é o palco ideal onde jovens, durante quatro vezes por semana se reúnem.

Um local para a dança e um som é o suficiente para que eles, através da dança, descubram o ritmo da vida e paralelamente possam aprender a cultura da dança de rua e outros ritmos. Tudo gratuitamente.

São cerca de 60 são-carlenses, de ambos os sexos que suam a camisa literalmente. Com idade variando de12 a16 anos eles integram o projeto “Dança e Educação” e iniciaram mais um ano de intensas atividades que irá culminar com apresentações locais e regionais a partir do segundo semestre deste ano.

Essa garotada que optou deixar a ociosidade de lado e partir para atividades saudáveis, no caso a dança, integram duas ONGs. O Centro Esportivo Multi Esporte e a ONG Formiga Verde.

“Durante quatro vezes por semana realizamos treinos intensos e procurando sempre novas coreografias. É um trabalho desgastante, mas compensador”, disse o professor de Educação Física, Gabriel Escrivani. “Cada sessão tem cerca de duas horas”, completou.

De acordo com o professor do Dança e Educação, a dança é uma forma de inclusão social e de fundamental importância para a formação cultural e intelectual de todo o jovem. “A dança de rua é uma ferramenta de extrema importância, pois seu conteúdo está vinculado aos acontecimentos da sociedade, integrado na educação e na vida. É interessante vê-la como uma maneira de fazer o aluno descobrir e construir seu próprio movimento e de conhecer também a sua própria cultura”, comentou.

Alunos opinam. “É inspiração, é motivação, é saúde”

Dançar é tudo para os alunos que integram o Arte e Educação. Aleatoriamente, durante a entrevista, quatro foram indagados o que a dança significa no seu dia-a-dia. Respostas simples, mas surpreendentes. Na sequência, a opinião de cada um:

Luis Eduardo Motta, 16 anos, aluno da EE Esterina Placco. Morador no São Carlos 8

“Escolhi a dança porque ela é a única coisa que me faz esquecer de tudo. Curto muito dançar desde criança. Tenho isso comigo. Nasci para dançar. Ela reflete tudo. É meu dia-a-dia. Sem ela não ia ser ninguém. Esse é meu maior sonho. Dançar. Acredito nisso e seu que vou conseguir e nunca desistirei”.

Robson José dos Santos Dutra, 14 anos, aluno da EE Archimedes Aristeu Mendes Carvalho. Morador no São Carlos 8

“Danço porque fui influenciado por meus amigos. Com ela aprendi a continuar tentando vencer os obstáculos do dia-a-dia. Meu sonho é ser reconhecido através da dança e no futuro, quem sabe, chegar até na TV”.

Mariana Matias S. Molina, 13 anos, aluna da EE Jesuino de Arruda. Moradora na Lagoa Serena

“Danço desde pequena e amo bailarinas. Já fiz ballet, dança do ventre, de salão e agora dança de rua. Ela me dá ânimo e me faz muito bem. Quando ficar adulta que levar a dança como um instrumento de trabalho. Ela está no meu futuro”.

Larissa dos Santos, 13 anos, aluna EE Jesuino de Arruda, Moradora da Vila Prado

“A dança é a única forma de me exercitar e manter a saúde. Gosto muito, pois me traz inspiração e motivação para atividades paralelas do meu dia-a-dia. E sonho em dançar e com ela vencer os obstáculos e buscar uma vida melhor”.