Olimpíadas não darão fôlego à economia britânica
Sediar as Olimpíadas deste ano dará à economia da Grã-Bretanha e às suas empresas somente um impulso no curto prazo, e o setor de construção já sente a maioria dos benefícios, disse nesta terça-feira, 1º, a agência de classificação de crédito Moody’s.
A Grã-Bretanha, que voltou à recessão no início de 2012, gastou nove bilhões de libras (14,6 bilhões dólares) na construção da infraestrutura olímpica, principalmente no leste de Londres, e o governo tinha esperanças de que os Jogos ajudariam a revitalizar a economia.
A Moody’s descreve as Olimpíadas como uma “oportunidade enorme de marketing para empresas”, mas repetiu a visão de muitos economistas de que o efeito olímpico pode ser efêmero.
“No geral, achamos que as Olimpíadas não são suficientes para dar um impulso substancial para a economia do Reino Unido, e acreditamos que o impacto do desenvolvimento da infraestrutura no PIB provavelmente já foi sentido”, disse Richard Morawetz, analista sênior de crédito da Moody’s Corporate Finance.
“Esperamos que o impacto das Olimpíadas no turismo vai ser positivo, mas será menor do que o número de visitantes sugeriria”, acrescentou. Os jogos Olímpicos muitas vezes atraem os fãs de esportes com despesas de viagens maiores que turistas de negócios e pessoas que decidem ficar além do período dos Jogos.
Londres vai sediar os Jogos Olímpicos entre de 27 julho e 12 agosto, tornando-se a primeira cidade a sediar os Jogos por três vezes. Suas últimas Olimpíadas foram em 1948, logo após a Segunda Guerra Mundial.
A Moody’s espera que os patrocinadores que financiam as Olimpíadas são as que mais se beneficiarão. No entanto, não acredita que será suficiente para ter um efeito positivo sobre os as suas classificações.