Expansão do setor de serviços acelera em abril
A expansão do setor de serviços do Brasil acelerou em abril, impulsionada pela demanda dos clientes e pelo aumento do volume de novos negócios, recuperando-se depois de perder um pouco do fôlego em março.
O Índice de Atividade de Negócios (PMI), medido pelo Instituto Markit, atingiu 54,4 em abril, ante 53,8 em março e 57,1em fevereiro. Esseresultado indica que a taxa de crescimento da atividade alcançou um ritmo mais rápido do que a tendência histórica para as séries.
Ao ficar acima da marca de 50, que separa aumento e contração da atividade, a sequência atual de crescimento chegou a 33 meses.
O índice tem como base a resposta a uma única pergunta aos entrevistados sobre a mudança real na atividade comercial em suas empresas, comparada com um mês antes.
“A expectativa dos provedores brasileiros de serviços é de que um crescimento econômico adicional e uma demanda mais elevada por parte dos clientes sustentem o aumento da atividade durante os próximos doze meses”, avaliou o Markit em nota.
A situação do setor de serviços diverge do da produção industrial, cujo PMI recuou para 49,3 em abril, ante 51,1 em março.
“O setor de serviços tem sido o principal pilar de suporte à demanda doméstica, e o último relatório não mostra sinais de que isso vai se reverter em breve”, disse o economista-chefe do HSBC, Andre Loes.
Em abril, os seis setores monitorados tiveram níveis mais altos de atividade em comparação com março, sendo que a categoria “Outros Serviços” teve o aumento mais forte, seguida pela de “Hotéis e Restaurantes”.
NOVOS PEDIDOS E EMPREGO
Cerca de 22% dos entrevistados relataram um aumento no volume de novos negócios, com vários citando a demanda mais elevada por parte dos clientes e a obtenção de alguns contratos novos. Com isso o Índice de Novos Negócios ficou acima da marca de 50, indicando que a taxa de crescimento se acelerou de modo geral a um ritmo forte.
Como reflexo desse aumento, o acúmulo de pedidos em atraso foi o segundo mais forte desde o início da pesquisa em março de 2007, ficando pouco abaixo do recorde de alta registrado em fevereiro.
Em abril, o nível de emprego cresceu, com cerca de 8% das empresas pesquisadas contratando pessoal adicional. Elas atribuíram esse fato às necessidades mais elevadas dos novos negócios e ao aumento nos pedidos de clientes. Mas embora o resultado tenha ampliado o período de criação de empregos para 33 meses, o crescimento foi moderado e o mais fraco desde novembro do ano passado.