IGP-DI acelera para alta de 1,02% em abril
O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 1,02% em abril, ante elevação de 0,56% em março, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira, 7. O movimento deveu-se principalmente aos preços de alimentos processados e materiais e componentes para a manufatura no atacado.
Em 12 meses, o índice acumula alta de 3,86%, ante 3,32% nos 12 meses até março.
O IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais, sendo o indexador das dívidas dos Estados com a União. O índice também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral.
Também nesta terça-feira,7, aFGV divulgou o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), que acelerou para uma alta de 0,57% na primeira quadrissemana de maio, depois de encerrar abril com elevação de 0,52%.
Na quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga os dados de abril do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) -que serve de referência para a meta oficial de inflação. A meta oficial de inflação é de 4,5% pelo IPCA.
Pesquisa da Reuters mostrou que a inflação provavelmente acelerouem abril. Deacordo com a mediana de 21 previsões coletadas pela Reuters, o IPCA deve ter subido 0,59% no mês passado, ante 0,21%em março. Asprojeções variaram entre 0,55 e 0,65%.
PRODUTOR
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI) registrou inflação de 1,25%, após apresentar inflação em março de 0,55%. O índice calcula as variações de preços de bens agropecuários e industriais nas transações em nível de produtor e responde por 60% do IGP-DI.
Segundo a FGV, a alta do IPA-DI foi influenciada pelo grupo Bens Finais, que apresentou variação de 0,86% em abril ante 0,55% no mês anterior. O principal responsável pela elevação foi o subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 0,36% para 1,70%.
O índice do grupo Bens Intermediários acelerou a alta para 1,74%, ante 0,48%em março. Oprincipal responsável por este avanço foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa de variação passou de 0,59% para 2,18%.
Jáem Matérias-Primas Brutasfoi registrada alta de 1,05% em abril, ante 0,64%em março. Osdestaques foram café em grão (-9,96% para -4,14%), minério de ferro (-0,20% para 1,35%) e bovinos (-1,74% para 0,06%).
Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), sofreu desaceleração ao registrar inflação em abril de 0,52%, ante 0,60%em março. Oíndice mede a evolução dos preços às famílias com renda entre um e 30 salários mínimos mensais e corresponde a 30 por cento do IGP-DI.
A maior contribuição para o decréscimo partiu do grupo Habitação, cuja taxa de variação atingiu 0,42%, ante 1,03% no mês anterior. Nesta classe de despesa, os destaques foram empregados domésticos (3,53% para 0,57%) e taxa de água e esgoto residencial (2,44% para 0,00%).
Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI) avançou 0,75% em abril, após alta de 0,51%em março. Oíndice representa 10% do IGP-DI.
O item Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,52%, ante 0,32%em março. Oíndice que representa o custo da Mão de Obra variou 0,97%, em abril, acima dos 0,69% em março.