Lucro da Telefônica Brasil cai mais de 15%
A Telefônica Brasil apresentou uma já esperada queda no lucro líquido do primeiro trimestre, mas viu sua receita de serviços avançar mais de 5% apoiada no forte avanço em telefonia móvel.
A maior operadora de telefonia móvel do Brasil, a Vivo, apurou crescimento superior a 20% no total de linhas ao fim de março na comparação anual, mesmo com a forte concorrência no setor.
A receita de serviços móveis no primeiro trimestre cresceu 12,8%, a 4,924 bilhões de reais, em decorrência de consumo de dados e Internet. Segundo comunicado nesta quinta-feira, 10, mais de 2.700 municípios já são cobertos pela tecnologia 3G.
Mas, com o crescimento da competição, o aumento de gastos com atividade comercial ajudou a elevar em 5,6% os custos operacionais da companhia, que totalizaram 5,467 bilhões de reais de janeiro a março.
A Telefônica Brasil, controlada pela espanhola Telefónica, informou também que continuará avançando na integração operacional de seus negócios, especialmente após o lançamento da marca Vivo para serviços fixos no Estado de São Paulo.
“Seguimos, de acordo com nossas expectativas, intensificando a integração operacional em todas as outras frentes (sistemas, infra-estrutura, call center, entre outros)”, afirmou a empresa em comunicado.
A receita operacional líquida de serviços total (fixo e móvel) avançou 5,4% ano a ano, para 8,133 bilhões de reais. Somando a receita com venda de aparelhos móveis, a receita operacional líquida foi de 8,314 bilhões de reais, alta de 3,7%.
Por sua vez, os investimentos cresceram 63,4%, totalizando 1,164 bilhão de reais nos três primeiros meses do ano, à medida que a companhia busca ampliar a capacidade e qualidade de sua rede, especialmente para cobertura 3G.
LUCRO MENOR
A empresa viu seu lucro líquido cair 15,2% no primeiro trimestre na comparação com um ano antes, a 956,6 milhões de reais, impactado pela amortização de ativos intangíveis gerados com a incorporação da Vivo Participações à Telefônica Brasil.
Analistas estimavam, em média, ganho de 1,13 bilhão de reais, segundo pesquisa da Reuters com cinco previsões.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) somou 2,847 bilhões de reais no primeiro trimestre, ligeira alta de 0,3% sobre o mesmo intervalo do ano passado.
A margem Ebitda, por sua vez, caiu para 34,2%, ante 35,4% na comparação anual.
A dívida líquida da companhia atingiu 2,657 bilhões de reais ao final do primeiro trimestre.