Jovens não apresentam resistência a monitoramento
Na última sexta-feira (11) aconteceu a segunda operação de monitoramento da praça Coronel Salles, onde estão instaladas três câmeras em locais estratégicos que têm como objetivo acompanhar em tempo real as eventuais ocorrências que surgem durante as reuniões de jovens. Os resultados aparentam ser positivos e jovens, por enquanto, não apresentaram resistência.
Na semana passada, quando aconteceu o primeiro monitoramento, um rapaz de 16 anos foi detido com porções de cocaína e maconha e encaminhado ao Núcleo de Atendimento Integrado (NAI) e o Conselho Tutelar encaminhou aos pais quatro menores de idade que consumiam bebidas alcoólicas na praça. Os responsáveis pelos adolescentes receberam advertência.
De acordo com o comandante da Guarda Municipal de São Carlos, João Luiz Tozzato, o consumo de bebida alcoólica no espaço público não é proibido. No entanto, se o indivíduo é menor de idade, ele está em situação de risco e, portanto, é função do Conselho Tutelar agir e evitar que isto ocorra. “No primeiro dia de operação, ao identificarmos uma garrafa de bebida alcoólica no local, interviemos e questionamos de quem era a garrafa. Na ocasião, ninguém se manifestou. Dessa maneira, se não tem dono, os guardas municipais têm autorização para recolher essa bebida”, explica.
Segundo o comandante, não houve resistência durante as duas primeiras operações, já que ele afirma que a abordagem por parte da Guarda Municipal é feita com bom senso e respeito. “Geralmente, os jovens respeitam os conselheiros, que contam com a nossa retaguarda. É um trabalho que está sendo feito em conjunto com todas essas forças de segurança do município e está tendo bons resultados”, declara Tozzato.
O encontro dos jovens é pontual e acontece somente às sextas-feiras, entre 20h e 22h30. Normalmente, de 300 a 500 pessoas se reúnem no local, porém houve dias em que cerca de dois mil jovens ocuparam a praça. Dessa maneira, a decisão pelo monitoramento foi tomada justamente para proteger os que freqüentam o local e detectar alguns pontos de consumo de droga ou mesmo tráfico, além de intervir rapidamente no caso de eventuais brigas ou desentendimentos que aconteçam. “Os que vão para se divertir, não reclamam. Já os que vão com a intenção de se drogar ou beber muito, acham ruim. Nossa intenção não é tirar o jovem da praça, afinal a praça é pública e nós temos que oferecer uma opção de lazer para esses jovens”, ressalta o comandante.