IPC-S fecha mês de maio com alta de 0,52%
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) registrou alta de 0,52% na quarta quadrissemana de maio, que corresponde ao fechamento do mês, influenciado principalmente por Alimentação, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta sexta-feira, 1º.
Em abril, o indicador havia fechado com alta de 0,52%. Na terceira quadrissemana de maio, o IPC-S apresentou elevação de 0,50%.
Com o fechamento do mês, o indicador acumula alta de 2,72% no ano e de 5,06% nos últimos 12 meses, de acordo com a FGV.
Na última quadrissemana do mês, cinco das oito classes de despesas que compõem o índice apresentaram acréscimo em relação à terceira quadrissemana.
O principal destaque partiu do grupo Alimentação, que passou de alta de 0,48% para 0,61%. Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item hortaliças e legumes, que passou de 3,76 para 6,26%.
Também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos Vestuário (0,44 para 0,93%), Habitação (0,49 para 0,55%), Educação, Leitura e Recreação (0,11 para 0,23%) e Comunicação (-0,27 para -0,13%).
Por sua vez, registraram decréscimo os grupos Transportes (0,17 para -0,11%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,81 para 0,70%) e Despesas Diversas (3,96 para 3,73%).
ATENÇÃO
Na quarta-feira, o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) acelerou a alta em maio ao avançar 1,02%, ante variação positiva de 0,85% em abril, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O mercado está atento aos movimentos inflacionários, principalmente diante da postura do Banco Central de reduzir a taxa básica de juros para impulsionar a atividade.
Indicadores anteriores sobre a inflação indicavam arrefecimento na alta dos preços, dando suporte ao discurso do governo de que caminhará para o centro da meta oficial, de 4,5% pelo IPCA.
Por exemplo, o IPCA-15 – considerado uma prévia da inflação oficial – registrou alta de 0,51% em maio, abaixo do esperado pelo mercado.
A economia brasileira vem mostrando dificuldades em apresentar sinais consistentes de crescimento, mesmo diante das recentes medidas do governo de estímulo fiscal e monetário.
O próprio ministro da Fazenda, Guido Mantega, prevê que o Produto Interno Bruto deve crescer entre 3 e 4% neste ano, abaixo da previsão inicial do governo, de 4,5%.
Na quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, por unanimidade, reduzir a Selic em 0,50%, para 8,50% ao ano, batendo novo recorde histórico de baixa.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga nesta sexta-feira o resultado do PIB do primeiro trimestre e as expectativas são de que mostrará uma economia ainda patinando.