De acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer), que é o órgão nacional do Ministério da Saúde responsável pelas ações de prevenção e controle de câncer no país, o “Outubro Rosa” é a campanha em saúde que tem o objetivo de conscientização sobre a prevenção do câncer de mama. Ademais, também aborda questões de saúde física e mental. E nos últimos anos, o câncer do colo de útero também foi incluído na campanha.
Isto pois, segundo o Ministério da Saúde (2025), o câncer de mama e de colo de útero são os mais comuns entre as mulheres. Porém, destaca que os homens são suscetíveis ao câncer de mama. No entanto, ambos são tratáveis, com boas chances de cura em muitos dos casos.
Para a prevenção, o INCA, o Ministério da Saúde e a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomendam: uma alimentação saudável, um mínimo de atividades físicas semanais, a vacinação contra o HPV (Papilomavírus Humano), exames de rotina e prevenção e o cuidado com a saúde mental.
Visto que, o bem-estar em saúde mental tem influência em sintomas físicos, assim como em comportamentos de autocuidado do dia a dia. Por exemplo, uma pessoa que tem um quadro de estresse crônico e não o trata, tem um sistema imunológico mais enfraquecido, que é uma predisposição aos diversos tipos de câncer. Pois, a saúde física e mental está prejudicada.
Já ao falar de um diagnóstico, o impacto psíquico e emocional irá diretamente afetar a questão física. O que inclui o quão bem um tratamento irá reagir sobre a pessoa.
Pesquisas em psico-oncologia (abordagem da psicologia que estuda o impacto do câncer em pacientes e seus familiares) mostram que a crença pessoal na possibilidade de uma cura afeta diretamente a melhora real do indivíduo. Pois implica inclusive nas ações que serão tomadas por esse e seu comprometimento com o tratamento.
Independente da situação, o diagnóstico de um câncer se faz sempre amedrontador. Portanto, ter uma rede de apoio e suporte em saúde mental se faz indispensável.
Isto porque, muitas questões precisam ser enfrentadas neste momento: questões financeiras, traumas prévios, estresse, a forma como a notícia foi dada e preconceitos podem influenciar nesse momento. Ou preconceitos sociais de que existe uma equivalência de culpa, deterioração, punição divina ou morte.
E isto pode resultar em: distúrbios do sono, fadiga, náusea, perda de apetite, menopausa médica, ansiedade, depressão, estresse crônico, perda de memória e até estresse pós traumático.
Deste modo, reforçar o suporte psicoemocional na terapia com um psicólogo pode ser de grande importância. Pois é o local que se pode abordar suas dores, se expressar sem julgamentos, ser acolhido e evitar uma sobrecarga mental e emocional. Mostrando que uma pessoa com câncer não está sozinha nesse caminho.
Psicólogo Matheus Wada Santos (CRP 06/168009)
Psicanalista especializado em gênero e sexualidade
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