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Artista suíço Augustin Rebetez expõe em São Paulo a sua desordem

19/04/2019 00h00 - Atualizado há 6 anos Publicado por: Redação
Artista suíço Augustin Rebetez expõe em São Paulo a sua desordem

Objetos, esculturas, pinturas “amontoadas” na sala expositiva. Chamar a mostra Estremecer Auroras, do jovem artista suíço Augustin Rebetez, em cartaz no Sesc Consolação, de “desordem” não é uma ofensa. É o próprio artista quem define a sua exposição desta forma.
“Meu objetivo é fazer exposições que sejam generosas, que façam você querer fazer coisas positivas e cheias de energia. Mas elas não são a Disneylândia”, ele disse para a curadora, Adelina von Furstenberg. O texto, inclusive, abre a mostra. “Esta exposição é um convite para a desordem, para a criação, para a mistura de ideias, para a combinação de sonhos.”
Nas obras, Rebetez constrói um mundo próprio. Figuras humanas, florestas, animais. Tudo parece se misturar. Há quem descreva seus cenários como mágicos. A curadora, Adelina, concorda em partes. “Se ser capaz de elaborar uma representação pictórica imaginativa ou ser capaz de criar uma relação forte entre o individual e coletivo é mágico e fantástico, sim, eu concordo”, ela diz. “Os visitantes são encantados por seu trabalho e, quando saem da exposição, na maioria das vezes carregam esta sensação por um tempo.”
O que chama a atenção, também, é a variedade de materiais, apesar de um grande destaque para a madeira. “Meu trabalho começa nos lixões e acaba nos museus”, diz ainda o seu texto introdutório. “Tento contaminar e transmitir minha co?lera e meu engajamento, mas também pretendo entremeá-los delicadamente com vislumbres de esperança. Misturar, estremecer, perturbar e eviscerar a aurora. E? um apelo a? ação por meio da arte.”
Para Adelia, a exposição de Rebetez não consiste em várias obras, mas sim uma única instalação que engloba todas elas. “Rebetez é um dos artistas que trabalham com muitas mídias e formas de arte para expressar suas ideias. Ele está confortável com todas elas”, acredita. “Suas exposições são sempre uma construção narrativa e visual, uma instalação heterogênea que integra música, animação, pintura, escultura, performance, teatro e mais. É uma experiência.”
Aos 32 anos, o artista já expôs em países como China, Rússia, Líbano, Japa?o e Austrália. A atual mostra, em São Paulo, que contou com uma obra especialmente produzida para ser mostrada no Sesc Consolação, daqui segue para a Itália e, talvez, outros lugares, de acordo com a curadora. “É uma linguagem particular e muito contemporânea da nossa cultura atual, é bem recebida pelas jovens gerações e por todos os tipo de público.”

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