Pato aposta em ouro para deixar de ser promessa
Vítima de várias lesões ao longo da carreira, o atacante Alexandre Pato disputará sua segunda Olimpíada seguida ainda dentro do limite olímpico de 23 anos, e espera que a conquista do inédito ouro possa mudar seu status de promessa para realidade dentro da seleção brasileira.
“Cheguei à seleção com 17 para 18 anos. Tenho 22, sou novo e tenho muito o que dar à seleção e ao Milan”, disse o atacante a jornalistas, em entrevista coletiva no hotel no Rio de Janeiro onde o Brasil está concentrado na preparação para os Jogos de Londres.
“Tenho que aproveitar ao máximo minhas chances. Tive lesões, isso é passado. Trabalho forte e quero pensar no hoje, na seleção e ser campeão olímpico”, acrescentou.
Nos Jogos de Pequim, há quatro anos, Pato era um adolescente que recém tinha aparecido no Internacional e ainda dava seus primeiros passos na seleção. Apesar de agora ser considerado um dos principais atacantes do mundo, ele ainda não estourou na seleção e ainda luta por uma vaga no time titular. Ele ficou na reserva de Leandro Damião nos quatro amistosos de preparação do time olímpico, em maio e junho, mas teve chances de entrar em campo e marcou um gol contra os Estados Unidos.
“Acho que briga não é a definição. Eu e o Damião temos a mesma mentalidade de ajudar a seleção fazendo gols e trazer o ouro olímpico”, disse. “Luto desde os 11 anos quando sai de casa e estou aqui para fazer meu trabalho e ajudar a seleção. Quem vai jogar ou ficar no banco depende do Mano, mas estou preparado para jogar.”
O atacante do Milan ficou bastante tempo parado na última temporada em razão de lesões quase consecutivas, que também o afastaram da seleção brasileira.
O jogador disse que a contusão o tornou mais forte na busca por seus objetivos. “Todo o período da lesão minha família ficou perto de mim, isso era o que eu precisava e me ajudou e foi muito importante. Fisicamente me sinto mais forte e mentalmente também”.