Curso de biojoias atrai públicos de diversas idades
O curso de biojoias, em andamento, promovido pela Prefeitura de São Carlos, está atraindo públicos de diversas idades. As aulas, práticas, em sua maioria, enfocam as jóias e acessórios com base na sustentabilidade e equilíbrio da natureza, valorizando a diversidade brasileira. Cerca de 30 pessoas, entre jovens, adultos e idosos, estão participando do curso, que tem carga horária de 36 horas, e está previsto para terminar no dia 27 de julho. No dia do encerramento os materiais produzidos durante as aulas serão colocados à venda na Estação Cultura. Trata-se de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social e o Centro Público de Economia Solidária, da Secretaria Municipal de Trabalho, Emprego e Renda.
Para o arte-educador do curso, José Carlos Santos, mais conhecido como Carlos Da Matta, o trabalho com as biojoias vai além de uma possibilidade de geração de renda. Para muitos, a ocupação atua com terapia, fazendo bem às pessoas de todas as idades e orientação sexual. Carlos Da Matta comercializa suas peças, inclusive no exterior. No Brasil também oferece cursos diversos, além de atuar em projetos que beneficiam idosos e moradores em situação de rua. O estímulo à Economia Solidária é outro enfoque do curso, além do comércio justo e práticas sustentáveis para geração de renda.
As aulas estão sendo ministradas no Centro Público de Economia Solidária da Prefeitura e contam com o apoio da diretora do local, Rita Fajardo e do chefe da Divisão de Políticas para a Diversidade Sexual, Alexandre Sanches.
Para Lindamira Aparecida Teodoro Ribeiro, moradora do Assentamento Santa Helena, localizado na região da Represa do 29, em São Carlos, o curso é muito interessante, além de ser uma possibilidade de ganho de renda. “Costumo fazer todos os cursos que são oferecidos na Economia Solidária. E tudo o que aprendo, procuro ensinar para outras pessoas que moram no assentamento. O que a gente fizer, dá para vender depois”, disse Lindamira. Outra aluna do curso, Terezinha Almeida, disse que o curso também é uma terapia para ela, o que lhe permite aprender algo e ocupar bem o tempo fora de casa.
O mesmo vale para Sheyla Maia. “O curso está sendo muito interessante e ainda, depois que aprender, posso vender os materiais. Sem falar que distrai muito esse trabalho”, opinou.
Durante o curso, a sustentabilidade e o equilíbrio são alcançados ao utilizar, durante o curso, matéria-prima retirada diretamente da natureza (como sementes, cascas, folhas, etc.) e transformar esse material em utensílio para geração de renda, como biojóias, acessórios e também objetos de decoração.