Dólar volta a fechar estável à espera de ações na Europa
O dólar fechou praticamente estável pela segunda sessão seguida nesta terça-feira, 7, em novo dia de volume mais baixo nos mercados e agenda fraca de indicadores, com investidores ainda aguardando que o Banco Central Europeu (BCE) possa agir para impedir uma piora da crise na região.
O dólar encerrou com leve queda de 0,07 por cento, cotado a 2,0279 reais na venda. Durante o dia, a moeda oscilou entre 2,0234 reais e 2,0310 reais.
“A semana segue até agora sem indicadores importantes e o mercado tende a ficar parado. Se olharmos o movimento de outras moedas lá fora, está acontecendo o mesmo. O euro está praticamente no zero a zero”, avaliou o economista da Link Investimentos Thiago Carlos.
“Ainda há a espera para ver se de fato o BCE vai intervir no mercado de títulos, mas ainda não aconteceu nada de concreto e os volumes não estão muito bons nos mercados em geral”, acrescentou o economista.
No exterior, persistem, desde o fim de semana, expectativas de que o Banco Central Europeu (BCE) possa agir rapidamente para conter a crise da dívida da região.
O maior otimismo frente a novos anúncios partiu de declarações do presidente da autoridade monetária, Mario Draghi, que apontou que o BCE vai se preparar para comprar títulos italianos e espanhóis no mercado aberto.
Com isso, outras moedas também têm rondado a estabilidade. Às 17h00 (horário de Brasília), o dólar operava inalterado em relação a uma cesta de divisas. O euro, por sua vez, tinha leve variação positiva de 0,02 por cento ante o dólar.
Caso o cenário no exterior realmente melhore, o economista Carlos diz acreditar que o dólar possa ter uma tendência maior de queda ante o real.
No entanto, ele afirma ver um espaço limitado para o recuo da moeda norte-americana, já que, ao se aproximar do patamar de 2 reais, que tem sido visto como um piso informal para a divisa, o mercado fica com o receio de atuação do Banco Central.
Quando o dólar chegou a ficar abaixo de 2 reais no início do mês passado, o diretor de Política Monetária do BC, Aldo Mendes, declarou que a moeda norte-americana abaixo desse nível poderia ser prejudicial à indústria brasileira, e que a autoridade monetária poderia atuar comprando dólares, se necessário.