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Sonhatório da Cia Truks chega ao palco do teatro Sesc

03/10/2012 12h29 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Sonhatório da Cia Truks chega ao palco do teatro Sesc

Neste sábado, 6, a Companhia Truks Teatro de Bonecos apresenta no Sesc São Carlos a partir das 20h o espetáculo “Sonhatório”. O texto, criação e direção é de Henrique Sitchin e o elenco conta com Gabriel Sitchin, Rafael Senatore e Hugo Reis.

A história se passa no Sanatório Boa Cabeça onde três supostos loucos sentam-se à mesa para a refeição. Porém, não nada para comer ou beber e os amigos sedentos e famintos partem em uma viagem imaginária em busca de comida, que os levará para áridos desertos, para o fundo do mar e para longínquos planetas.

O interessante é que durante o espetáculo os atores fazem uso de personagens feitos de guardanapos, bacias, copos, garrafas pet, sacolas plásticas, talheres e pratos que ganharão vida nas mãos dos amigos e em suas diversas aventuras.

“Este é um espetáculo chamado de ‘teatro de objetos’. A técnica é singular: objetos do cotidiano são elevados à condição de protagonistas da cena. Assim, o grampeador de papéis pode virar um jacaré, um algodão, um pintinho, um bule de café um elefante, em algumas variações desta inesgotável possibilidade teatral. Trata-se, portanto, um teatro de vanguarda, que retira da cena o conhecido formato do ator de carne e osso, e suas limitações impostas pela física, para construir as mais interessantes e expressivas criaturas que a imaginação puder criar”, conta o diretor e autor do espetáculo, Henrique Sitchin.

De acordo com Henrique, “Sonhatório” é um jogo que pode promover uma experiência inovadora nas artes cênicas, na medida em que pode romper de maneira muito criativa com o teatro realista. “Construímos as cenas nas lojinhas de R$ 1,99. Sabíamos que a história aconteceria em uma cozinha. Então fomos pegando toda a sorte de objetos de cozinha que íamos encontrando e procurando as possibilidades de exploração de cada um deles. Arrisco dizer que criamos cenas muito criativas como o balé de águas vivas feitas de sacolas plásticas”.

O diretor diz que busca passar para o público a idéia de que brincar é o melhor remédio. Os 3 personagens são pessoas muito especiais que optam por levar a vida de modo mais leve e bem humorado, valorizando o presente.

“Brincar pode ser um jeito muito especial de viver, são humanos, enfim, capazes de brincar como crianças, experimentar uma pura e gostosa ingenuidade. Sonhar e, assim, nos oferecer a possibilidade de reflexão sobre outras formas de viver e outros valores para o viver. Não somente, eles chegam a oferecer ao público a mesma possibilidade de ‘cura’ que ousam experimentar: o jogo da vida pode ser muito divertido, se pudermos não ser tão sérios, se pudermos ter mais tempo para brincar, se pudermos estar mais com nossos filhos, se pudermos ser menos violentos, se pudermos, enfim, transformar, de forma leve e divertida, o que está ao nosso redor”, finaliza Henrique.

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