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Licitação do Maracanã veta participação de clubes de futebol

22/10/2012 18h52 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Licitação do Maracanã veta participação de clubes de futebol

O edital de licitação do Maracanã, que será colocado em audiência pública no mês que vêm, proíbe a participação de clubes de futebol na concorrência e prevê investimentos de quase meio bilhão de reais no complexo esportivo, anunciou o governo do Rio de Janeiro nesta segunda-feira, 22.

 

O vencedor da licitação terá que demolir o parque aquático Júlio Delamare e o estádio de atletismo Célio de Barros para a construção de um novo complexo multiuso que incluirá lojas, bares, restaurantes, um museu do futebol e um estacionamento nos arredores do estádio.

Também ficará a cargo da empresa vencedora a construção de um novo parque aquático e um centro de atletismo nas redondezas do complexo. O investimento total previsto pelo futuro concessionário é de 470 milhões de reais.

O prédio do antigo Museu do Índio, onde atualmente vivem alguns índios, será demolido, pois a área é considerada estratégica para escoamento de público, segundo a Casa Civil do Estado.

“As intervenções de obras estão colocando o Maracanã em um padrão internacional exigido pela Fifa em relação à visibilidade, conforto, acessos e tempo de evacuação do estádio. Ele foi construído numa concepção de mais de 50 anos atrás. Hoje em dia, os grandes estádios do mundo inteiro não são apenas estádios de futebol, eles são grandes complexos de entretenimento”, disse o secretário da Casa Civil estadual, Regis Fitchner.

O estádio do Maracanã, que está em obras ao custo de quase 900 milhões de reais para a Copa do Mundo de 2014, não vai passar por mais nenhuma intervenção por parte da empresa concessionária.

O complexo, que ficará a cargo da empresa vencedora pelo prazo de 35 anos a partir da assinatura, em 2013, também inclui o ginásio do Maracanãzinho, que já foi reformado para o Pan-Americano de 2007 mas precisará de outras modificações para os Jogos Olímpicos de 2016.

 

ACESSÍVEL A TODOS

A empresa que assumir a concessão será responsável pelo pagamento de uma outorga anual de cerca de 7 milhões de reais ao governo do Estado. Além disso, o contrato traz a garantia de que, durante a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, o uso do complexo será exclusivo para esses eventos.

As obras para readequação do complexo devem ser iniciadas em 2013, após a Copa das Confederações. Em 2014, para a Copa do Mundo, deverão ser entregues os estacionamentos e praças, assim como os novos centros de treinamentos. A previsão é de que todo o complexo esteja finalizado em 2015.

Os clubes de futebol do Rio não poderão participar da licitação, embora Flamengo e Fluminense tenham manifestado interesse no passado. No entanto, a empresa vencedora da licitação poderá se associar a um ou mais clubes de futebol, desde que não seja um contrato de exclusividade.

A empresa de esporte e entretenimento do empresário Eike Batista é uma das interessadas no complexo do Maracanã.

“Não queremos que o Maracanã seja o estádio do clube A ou B. Pela sua importância, o estádio deve ser acessível a jogos de qualquer clube de futebol, de dentro ou fora do Rio, ou da seleção brasileira. Não faz sentido ser diferente”, disse Fitchner.

A audiência pública sobre a licitação do complexo do Maracanã está programada para novembro. Só depois o edital de licitação deve ser publicado pelo governo do Rio de Janeiro.

 

 

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