Broa: pedágio é alvo de mais discussões

05/09/2011 19h01 - Atualizado há 13 anos Publicado por: Redação

“O céu e o inferno a gente leva para onde a gente quer”. Essa frase foi dita pelo navegador Cristóvão Colombo, ao constatar que o paraíso descoberto havia se transformado num local de guerras e disputas diversas. Fato semelhante ocorre quando o assunto é Balneário Santo Antônio, o Broa, em Itirapina, por anos e mais anos a fio. Proprietários, turistas e moradores não se entendem com os poderes constituídos, com eles mesmos e vice-versa. Ocupações irregulares, degradações ambientais, pedágios, cobrança de entrada, trânsito, violência, comércio, água e esgoto, eventos e afogamentos. A cada instante um problema surge ou ressurge na pauta de discussões.

O local, que era para servir de lazer e descanso, acaba se transformando num interminável tormento para populares e autoridades.

Pois bem, o assunto da vez é a cobrança bilateral do pedágio da vicinal Ayrton Senna.  Em nota à imprensa, a Apib (Associação dos Proprietários de Imóveis do Broa), afirmou que, muito embora, tivesse ciência dos problemas que acarretaria para os usuários, após varias reuniões, a associação, mostrando a ineficiência e o caos que se instalaria dentro do Balneário Santo Antonio, e a administração defendendo a logística e segurança, optou-se pela a implantação nos moldes proposto pela administração do município.

Segundo a nota, como se esperava, apesar da alta temporada ainda não ter se iniciado, o local já está tendo mostras do problema criado e, se a preocupação inicialmente era com a segurança de funcionários, eles estão sendo ameaçados constantemente, percebendo que a tão comentada logística, se apresenta totalmente ineficaz e a comunidade, usuários, comerciantes, funcionários, estão sofrendo as conseqüências de um projeto comprovadamente inviável. Em conseqüência dos acontecimentos, a Apib afirma que está trabalhando na solução do problema. “A melhor alternativa, a nosso ver, é a abertura das portarias laterais para uso dos moradores e proprietários, principalmente nos finais de semana, no ultimo dia do feriado, ou no domingo, no período da tarde. Infelizmente os erros são penalizados, e dentro deste prisma, é a solução mais viável, uma vez que também a portaria principal esta em reforma, não sabemos quando haverá a conclusão da obra, pois o ritmo é bem lento”, continua a nota.

De acordo com a APIB, enquanto isso não ocorre, já foi sugerido pela entidade ao responsável pela administração do Balneário que, nos finais de semana, em horários de pico, e de acordo com a necessidade, seja liberado de cobrança as praças de pedágio, para que haja o fluxo, e não colocar em risco vidas, além de que, no final de semana, a tarifa de pedágio seja cobrada também do usuário pagante, na entrada, e ainda na apresentação do comprovante de  pagamento possa utilizar a portaria lateral para a saída, e que a tarifa seja reduzida a R$ 1,00, visando a agilidade nas cabines de cobrança. Ouvido pela reportagem, o procurador geral de Itirapina, Dr. Fernando Romero Olbrick, disse que as obras da portaria ainda não foram finalizadas e que tanto as propostas apresentadas pela APIB, quanto outras, estão sendo estudadas pela Administração Municipal, exatamente no sentido de se evitar transtornos diversos. (Reportagem: Ricardo L. Gama).

Ricardo Gama  {jcomments on}