FORO
Padre Kelmon apareceu na São Carlos FM acompanhado de Paulo Altomani e já chegou lançando o “Foro do Brasil”, versão conservadora e declarada antagonista do Foro de São Paulo. Segundo ele, a missão é politizar a juventude e formar lideranças. Traduzindo: a disputa ideológica agora também tem CNPJ e planejamento estratégico.
UNIVERSIDADE
Para Kelmon, as universidades viraram centros de “doutrinação marxista”. Se fosse presidente, trocaria reitores e professores sem cerimônia. A frase “educador, não doutrinador” virou mantra. Já o corpo docente… esse ouviu e engoliu seco.
COTAS
Sem rodeios, o padre classificou a lei de cotas como “idiotice” e culpou a República — não o Império — pela exclusão social pós-abolição. Aula de História com viés revisionista, direto do estúdio da rádio, sem direito à recuperação.
POLÍTICA & FÉ
Kelmon defendeu que religiosos entrem de vez na política porque, segundo ele, a ausência de valores abriu espaço para a corrupção. Disse aceitar o resultado das eleições, mas chamou o atual governo de desastre anunciado. Para 2026, deixou no ar: se o PL chamar, ele atende. Amém.
RESFRIADO
Depois de um discurso inflamado na São Carlos FM, Padre Kelmon foi vencido por um adversário imbatível: a nasofaringite. Cancelou a agenda em Ibaté, recebeu ordem médica de repouso e voltou para a capital. Moral da história: nem todo embate é político — alguns são virais.
DIÁLOGO
Quem também esteve na São Carlos FM foi Gustavo Pozzi (PP) e deixou claro: seu idioma oficial é o diálogo. Como líder do governo, diz que apanha de todos os lados, mas prefere resolver no ouvido e não no microfone. Tradução livre: gritaria em plenário só quando a coisa já saiu do controle.
LÍDER
Estreante na liderança do governo, Pozzi descobriu que o cargo vem com “demanda infinita” no gabinete e urgência todo dia. Analisa projetos, dá parecer, às vezes em cima da hora, e ainda vira consultor político minutos antes da sessão. Líder, despachante e tira-dúvidas — tudo no mesmo mandato.
BASTIDORES
Quando o assunto foi orçamento, o líder contou que virou central de atendimento: quatro secretários ao mesmo tempo no WhatsApp, no telefone e no cafezinho. A regra é clara: projeto simples anda rápido; projeto sensível vem com combo completo de explicações.
SONHO
Pozzi jura que não quer ser prefeito, mas admite — em tom bem-humorado — que sonha com o Senado. Enquanto isso, quer primeiro presidir a Câmara. Afinal, na política, quem não sonha alto acaba acordando assessor.
PRÉ-CANDIDATA
A vereadora Raquel Auxiliadora (PT) fez sua tradicional plenária de prestação de contas, reuniu cerca de 50 pessoas e, de quebra, lançou a senha: é pré-candidata a deputada federal. Agora a pergunta que não quer calar: vem aí a dobradinha Newton Lima para estadual e Raquel para federal? Se for, o figurino já está pronto… falta combinar com o eleitor.
CORRIDA
Alguns ex-cargos de comissão já estão desfilando pelos prédios públicos dizendo que “voltam em janeiro”. A dúvida é simples: bola de cristal, informação privilegiada ou excesso de otimismo? Porque nomeação antes do decreto é, no mínimo, fé demais.
PRESSÃO
Em 2025, a Santa Casa de São Carlos absorveu cerca de 80% dos casos enviados pelas UPAs e mais de 90% das ocorrências graves, como infartos e AVCs. Na prática, quando a coisa aperta, é o hospital que segura a bronca — enquanto os números explicam por que o pronto-socorro vive em modo “alta tensão”.
REGULAÇÃO
Reuniões, integração, sistema informatizado e muito telefone tocando: a engrenagem entre UPAs, CROSS e Santa Casa segue afinada para fazer o paciente grave chegar rápido. Funciona, mas exige sincronia de orquestra — porque, em saúde pública, atraso não é detalhe, é risco.
PROJETO
O Governo de SP enviou à Alesp projeto que isenta do IPVA 2,4 milhões de motos de até 150 cilindradas — mais da metade da frota paulista. Motoboys comemoram, cofres públicos fazem cara de quem perdeu a carteira e o trânsito… bem, o trânsito segue o mesmo.
