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Natal Solidário amplia alcance e leva Papai Noel de helicóptero a seis bairros de São Carlos

Foto: Paulo Mello / São Carlos FM

PAULO MELO
Da redação

Um projeto que nasceu no Jardim Gonzaga e, ao longo dos anos, virou tradição de fim de ano em São Carlos decidiu dar um passo maior em 2025: o “Natal Solidário” chega a seis bairros, com distribuição de brinquedos, comidas e atividades recreativas — e, como atração principal, a chegada de Papai Noel de helicóptero. A iniciativa é articulada pelo médico Claudio Simas e por Paulo Vinícius Pereira da Silva, supervisor do CeMEAR (Centro Municipal de Extensão e Atividades Recreativas), com uma rede de parceiros e voluntários que inclui comércio local, torcidas organizadas e entidades sociais.

“É o sexto ano”, afirmou Simas durante entrevista no Primeira Página no Ar, da São Carlos FM, na manhã desta sexta-feira (19), ao explicar que a ação só deixou de ocorrer uma vez, na pandemia. A base do projeto segue sendo o CeMEAR, onde a festa acontece na quadra do projeto, na Avenida Maranhão, no bairro Jardim Gonzaga. Mas, neste ano, o grupo decidiu expandir para atender outros pontos da cidade. “Esse ano nós expandimos bastante… colocamos seis bairros”, disse, ao listar: Santa Felícia, Zavaglia, Cidade Aracy, CDHU, São Carlos 8 e Gonzaga, onde está previsto o encerramento.

A logística envolve um helicóptero e uma operação em sequência, com pousos programados. Inicialmente, seriam duas aeronaves, mas uma ficou fora por manutenção. “Nós tínhamos conseguido dois helicópteros, só que um não ficou pronto a tempo… então nós temos um helicóptero garantido”, explicou Simas, ao agradecer o piloto “Tussa”, que cedeu o equipamento. Para reduzir custos e facilitar o deslocamento, o grupo obteve autorização para usar como base o Campo do Rui, evitando taxas e o percurso até o hangar. “Toda vez que você sai… você paga. Você volta e você paga”, relatou o médico, ao justificar a mudança de ponto de apoio.

Segundo a organização, o início das atividades está previsto para a manhã de sábado, com brincadeiras e, depois, distribuição de lanches e bebidas. A chegada do Papai Noel, condicionada ao clima, deve acontecer a partir do fim da manhã. “A partir das onze horas… vai começar a sair o primeiro Papai Noel”, disse Simas. O primeiro pouso está programado para Santa Felícia. O roteiro segue por Zavaglia, Cidade Aracy, CDHU e São Carlos 8, antes do fechamento no Gonzaga.

Em cada um dos seis pontos, a estrutura prevê brinquedos e alimentação para o público infantil, além de atrações recreativas. “Cada lugar vai ter 800 brinquedos”, afirmou Simas, explicando que a quantidade foi calculada com base em escolas, creches e projetos sociais, com margem extra para evitar falta. “Nós dobramos o número… são oitocentos brinquedos”, reforçou Paulo Vinícius, ao dizer que o planejamento considera o aumento de público após a divulgação.

Além dos brinquedos, a programação prevê lanche e distribuição de alimentos. Simas citou mil cachorros-quentes e doações como 12 mil salgados, 3 mil picolés, refrigerantes e guloseimas, com reposição e apoio de equipes de parceiros também na entrega. “O Jessé Salgados doou 12 mil… e vai colocar a equipe dele para levar e ajudar a distribuir”, afirmou. Entre as atividades previstas para as crianças estão pula-pula, escorregador e futebol de sabão, em todos os locais.

O modelo, segundo os organizadores, foi construído com lideranças locais e grupos que já realizavam ações nos bairros. “A gente não quis invadir o bairro. A gente chegou com as lideranças que tinha”, explicou Paulo Vinícius, citando, por exemplo, a participação da Gaviões da Fiel no São Carlos 8 e o apoio de organizações comunitárias em outros pontos. O médico também destacou o caráter “piloto” da edição ampliada, com ajustes previstos para o futuro. “Esse ano é um ano piloto… ver o que a gente está errando, o que dá para melhorar”, disse.

A organização afirma adotar controle rígido de gastos e transparência para manter a confiança de doadores. “A gente não quer margem… ‘dei dinheiro e sumiu’. Tudo que a gente faz eu mando para o Paulo e guardo comigo”, afirmou Simas, citando a prestação de contas de despesas e a preferência por pagamentos diretos a fornecedores, como forma de evitar desconfiança.

Para o supervisor do CeMEAR, a iniciativa tem um sentido que vai além do evento. “É uma festa que busca proporcionar para essas crianças momentos totalmente diferentes da realidade deles”, disse Paulo Vinícius, ao defender a importância da experiência comunitária. Simas, por sua vez, afirmou que o projeto também dialoga com sua história pessoal e com o simbolismo do período. “Toda festa é a primeira… eu me emociono, eu choro na hora da festa”, afirmou, ao agradecer voluntários, apoiadores e a equipe envolvida.

A orientação dos organizadores é que moradores procurem o ponto mais próximo de casa e cheguem cedo. “Pode ir em qualquer uma das festas que for mais perto da sua casa”, convidou Simas, ao reforçar que a divulgação e atualizações estão nas redes sociais do projeto e dos organizadores.

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