Ministério da Saúde e Governo de São Paulo verificam divergências no envio de vacina
Técnicos dos governos federais e paulista avaliarão quantidade enviada
O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o secretário de saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, se reuniram em Brasília, para apurar as divergências sobre as doses recebidas pelo estado na distribuição de vacinas desta semana.
Na última quarta-feira (4), o governo de São Paulo oficiou o ministério questionando o lote recebido, que, segundo a administração paulista, seria menor do que o número ao qual o estado teria direito.
Em entrevista a jornalistas após o encontro, o ministro e o secretário informaram que as equipes técnicas dos governos federal e paulista vão avaliar o cálculo de distribuição de vacinas a São Paulo para averiguar se há necessidade de compensação de um ente federado a outro.
Marcelo Queiroga pontuou que, pelo fato do governo de São Paulo ter acessado lotes de Coronavac do Instituto Butantan sem passar pelo centro de distribuição do Ministério, o estado poderia estar como “devedor” ao Programa Nacional de Imunizações (PNI).
“Lá atrás estava sendo entendido que as vacinas do Instituto Butantan não precisavam ir para o centro de logística para depois ir para o estado de são Paulo. Ia ser forma direta. Em função disso aponta-se que já há uma recepção maior de doses para o estado de São Paulo”, argumentou o titular do ministério da Saúde.
Na última quarta-feira (4), gestores do Ministério da Saúde já haviam justificado o envio menor por uma “compensação” que teria afetado, para menos, a quantidade de doses enviada ao Estado de São Paulo.
Jean Gorinchteyn disse que o governo paulista foi pego de surpresa com o quantitativo enviado. Ele defendeu que, caso os números confirmem a indicação do ministério de que São Paulo estaria “devendo ao PNI”, a compensação seja feita de forma escalonada.
“Se estes dados estiverem reais e efetivos possa haver um desconto gradual, não tão abrupto como o que ocorreu para que não tenhamos nenhum prejuízo, especialmente em grupos como adolescentes como comorbidades”, disse.