Valéria é bronze no karatê
“Fiz tudo o que podia, mas não foi suficiente. É claro que eu queria brigar pelo ouro, mas saio satisfeita porque sei que dei tudo de mim. Não tinha mais nada que eu pudesse fazer, são coisas que acontecem”, disse Valéria. Neste sábado, a brasileira venceu duas de suas três lutas preliminares e garantiu de antemão um lugar no pódio. A carateca iniciou a caminhada rumo à semifinal diante da cubana Yanelsis Gongora e conquistou uma vitória apertada por 1 a 0. No segundo combate, teve menos trabalho para passar pela equatoriana Jacqueline Factos por 4 a 0. Na terceira luta, entretanto, foi derrotada pela dominicana Karina Diaz por 1 a 0, mas confirmou a classificação para a semifinal.
Diante da norte-americana Shannon Nishi, Valeria custou a entrar na luta e teve dificuldades para encaixar seus golpes. A brasileira permitiu que a rival abrisse vantagem e não conseguiu se recuperar no combate, perdendo por 3 a 1. “Ela é uma atleta experiente, saiu na frente e conseguiu administrar a vantagem. Tentei o tempo todo, fiz tudo o que estava ao meu alcance, mas não deu”, disse Valéria. “Nós já lutamos este ano e eu venci. Agora ela conseguiu a revanche. É assim mesmo, queria sair daqui com um resultado melhor, mas não posso reclamar. Uma medalha pan-americana é um grande resultado”, comemorou.
Valéria, que tem Lucélia de Carvalho como ídolo no esporte, pode desistir de seguir os passos da companheira de equipe em nome do sonho de participar de uma edição dos Jogos Olímpicos. “Espero que o karatê seja incluído no programa olímpico, mas de qualquer forma ninguém da minha geração vai participar. Já pensei até em tentar a sorte no taekwondo, que tem alguma semelhança com o karatê, porque gostaria muito de disputar uma Olimpíada. É claro que seria difícil competir com meninas que já estão lá há tanto tempo, mas impossível não é”, afirmou. (cob.org.br)