Justiça suspende liminar contrária aos Arautos do Evangelho
De acordo com os advogados, não são verossímeis os fatos alegados na respectiva ação
Os advogados Marcelo Knoepfelmacher e Felipe Locke Cavalcanti anunciaram que a decisão de primeira instância, determinando que todas as crianças e adolescentes que estudam em regime de internato em escolas do grupo católico retornassem para casa até o dia 1º de julho, foi suspensa por ordem do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, atendendo ao pedido individual de todas as mães e pais dos alunos e também coletivo, por meio da Associação de Mães e Pais de Arautos Estudantes -AMPARE.
De acordo com os advogados, não são verossímeis os fatos alegados na respectiva ação. “Sobre a alegação de denúncias de abuso sexual, a única acusação apresentada se encontra arquivada desde maio de 2021, a pedido do próprio Ministério Público do Estado de São Paulo, por serem absolutamente inverídicos os fatos. Atualmente, há inquérito policial apurando o cometimento, em tese, do crime de denunciação caluniosa sobre a conduta da parte denunciante”, disseram os advogados. Os advogados ressaltaram que os processos correm em segredo de justiça, razão pela qual maiores comentários não podem ser apresentados.
DECISÃO-Em abril, a juíza Cristina Ribeiro Leite Balbone Costa, titular da Vara da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça de São Paulo, havia determinado que todas as crianças e adolescentes que estudam em regime de internato em escolas do grupo católico Arautos do Evangelho retornem para casa até o dia 1º de julho. Além disso, ela determinou ainda a proibição de novos acolhimentos, ou matrículas de crianças e adolescentes, em qualquer das unidades do grupo, em todo o território nacional.