Especialista defende metrô de superfície em São Carlos
Em entrevista ao Primeira Página, José Bernardes Felex, especialista em trânsito e ex-professor da USP, afirma que “São Carlos perdeu a perspectiva de longo prazo” e que está na hora de a cidade se preparar para o futuro na questão do trânsito: “A história de São Carlos dependeu da ferrovia”, explica, “mas hoje ela é um muro que impõe custos à cidade”.
Segundo Felex, a ferrovia e a Washington Luís foram “ultrapassadas por elas mesmas”: “Quando elas foram feitas, os conceitos de construção eram outros: muita curva, sobe e desce… Hoje elas seriam consideradas tecnologicamente inadequadas ou até mesmo inviáveis, pois essa geometria é ultrapassada. Elas contribuíram para o desenvolvimento da cidade, mas são inadequadas. Por volta de 1975 estudou-se a retificação da ferrovia e da Washington Luís. Elas seriam duas grandes avenidas e o traçado da ferrovia e da rodovia passariam à esquerda de São Carlos, como quem vai no sentido capital. Isso economizaria 20 km do trecho Itirapina-Araraquara, o traçado seria mais reto. Hoje, por exemplo, não ouviríamos falar em acidentes no Chibarro”, explica.
Grandes distâncias entre pontos importantes da cidade seriam motivo para que São Carlos pensasse em outras formas de transporte público: “Está na hora de São Carlos se preparar para o futuro. Considerando que a cidade tem pontos distantes, é preciso pensar realmente em algum transporte volumoso de longa distância que considerasse a topografia da cidade, por exemplo um pré-metrô ou VLT (metrô de superfície)”, diz Felex, que ressalta: “Mas esses projetos exigem reservas de áreas para uso e é importante pensá-los para que o uso imobiliário não torne o processo caro ou até mesmo impeça uma construção futura. Pensar nisso é para já, agora, visando mais economia, menos sangria para o município. A tecnologia está começando, temos a oportunidade de negociar com as empresas que produzem. Elas têm interesse em parcerias público-privadas, em fazer o investimento e lucrar com o serviço prestado. Além disso, São Carlos é um belo cartão de visitas tecnológico, e podemos usar essa condição”, defende o ex-professor da USP.
Questionado se os trilhos da ferrovia poderiam ser usados num futuro metrô de superfície, Felex disse: “Um dos caminhos seria usar a direção da ferrovia, mas a cidade tem outros caminhos, perpendiculares à ferrovia, onde precisa também. E temos outros eixos paralelos à XV de Novembro e a Carlos Botelho que também precisam”.
Não acho que isso seja necessário em SCarlos. Há outras prioridades. Mas, isso trará mta propaganda política para o governo, como na época de Maluf, que gostava de realizar obras monumentais para ser lembrado…
É inacreditável que temos em São Carlos, uma sumidade em trânsito como o prof. Felex, um ESPECIALISTA EM TRÂNSITO, e no entanto foi nomeado como Secretário de transporte e trânsito um padeiro…..