Com técnicas de animação espetáculo infantil chega ao Sesc
O espetáculo infantil “Histórias que o mundo conta” feito com técnicas de animação de teatro de sombras, bonecos, objetos luminosos e luz negra, estreou na III Mostra
Sesi de Teatro de Bonecos, no ano de 2002, tendo se apresentado em diversas cidades do interior e litoral do estado de São Paulo. Agora o espetáculo chega ao Sesc São Carlos com única apresentação neste sábado, 26, a partir das 16h.
Em 2006, “Histórias que o mundo conta” recebeu prêmio de melhor iluminação e 3º melhor espetáculo infantil no I Festival Nacional de Campos de Goytacazes. Em 2007 foi apresentado na Índia, na cidade de Chennai, dentro do projeto “Intercâmbio Cultural Brasil/Índia”, com apoio do governo brasileiro.
O espetáculo “Histórias que o mundo conta”, se baseia em quatro contos de domínio popular, que falam da relação do homem com o meio ambiente. Todos os contos selecionados podem ser definidos como mitos de origem, ou seja, histórias que explicam o surgimento do homem e dos animais, dos elementos naturais e a relação existente entre eles.
As histórias são: “A história de Tao”, conto filipino que narra como a ação do homem, muitas vezes impensada e intransigente, interfere na natureza mudando radicalmente o seu curso. “O Amaru”, conto peruano que fala dos ciclos da natureza, da seca ao renascimento, da morte a vida. “O Deus Sol e a Rainha das Águas”, conto equatoriano que explica, através de uma belíssima história de amor, porque as Ilhas Galápagos receberam este nome. E finalmente, “Como surgiu a noite”, conto indígena brasileiro que explica o surgimento da noite e dos seres da floresta.
A intenção é levar ao público um espetáculo que trate das questões ligadas à preservação da natureza sem perder de vista o referencial poético, lúdico e teatral.
O Grupo Caldeirão de Teatro acredita que, através do ato de contar histórias e do encantamento que ele desperta nos espectadores, se dá um aprendizado mais prazeroso, que ensina e sensibiliza de forma mais profunda.
Por isso o grupo, procura fugir de certo didatismo exagerado, apostando no potencial educativo das histórias, na riqueza de suas imagens e na sedução de suas narrativas, assim como os contadores de história e os artistas populares vêm fazendo desde o começo dos tempos.
Na narrativa destas histórias, a percepção da relação do homem com a natureza acontece naturalmente, porque são vivenciadas, antes de tudo, através de um universo rico em imagens, que vêm sendo elaboradas há muito, dentro da tradição oral dos antigos contadores de histórias, possibilitando uma vivência carregada de simbolismos inerentes às experiências coletivas.
