Estudantes de São Carlos embarcam para Conferência Mundial do Clima
Escola ‘Prof. Sebastião de Oliveira Rocha’ foi a única brasileira escolhida pela Unesco para representar Brasil
Delegação da escola agradeceu apoio de Newton Lima
Uma delegação são-carlense representada por alunos e professores do clube de ciências da Escola Estadual Prof. Sebastião de Oliveira Rocha partiu na tarde de segunda-feira (27) para a Conferência nas Nações Unidas para o Clima, a COP 28, que acontece em Dubai, nos Emirados Árabes.
Os integrantes da delegação fizeram questão de agradecer ao ex-prefeito Newton Lima pela orientação junto à Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação do Governo Federal, que resultou na liberação de R$ 160 mil para os custos da viagem.
Procurado pela escola estadual, o ex-prefeito orientou a direção a submeter o projeto à Finep. “Desde a vinda do presidente Celso Pansera a São Carlos ficou claro que a Finep tem linhas de apoio que se encaixam na temática do clima e na divulgação da ciência”, explica Newton Lima. Celso Pansera esteve em São Carlos em agosto deste ano para visitar empresas de tecnologia, universidades e fazer palestra no Ciesp São Carlos a pedido do ex-reitor da UFSCar.
“Somente um governo como o do presidente Lula para ter a sensibilidade necessária e estimular os nossos jovens a representar o Brasil na COP 28”, comemora Newton Lima. Ele lembra que Lula se destaca como uma das maiores autoridades internacionais no debate climático e que tem demonstrado com exemplos. “O Brasil já reduziu desmatamento na Amazônia, vai ser confirmado a sede da COP30 e assumiu uma postura de apresentar soluções e exemplos para o mundo”, ressalta.
Para o ex-prefeito o apoio do Governo Federal à participação da escola pública são-carlense nesta Conferência demonstra o papel da ciência brasileira nos temas climáticos. “Por isso o mérito é exclusivo do clube de ciências da escola Sebastião porque conseguiu desenvolver um projeto brilhante que aponta uma solução para o principal problema do século 21”, enfatiza.
Ainda segundo Newton Lima é fundamental destacar a perseverança do grupo de alunos e alunas da escola e a atuação da diretora regional de Ensino, Débora Gonzales Costa Blanco na tramitação ágil da liberação da viagem da delegação são-carlense junto à Secretaria de Educação do governo do Estado.
O projeto dos estudantes do ensino médio de São Carlos, que busca minimizar os efeitos das mudanças climáticas, é pioneiro no mundo entre escolas públicas e mostra como o cultivo de microalgas em água doce ou salgada é capaz de retirar gás carbônico da atmosfera enquanto produz 50 vezes mais oxigênio do que uma árvore em crescimento.
A estudante Iara Berto Pena explica a importância das microalgas. “Elas têm um potencial muito maior no sequestro de carbono e na liberação de oxigênio”, frisa. Gustavo Ferragini Batista, João Paulo Medeiros Baldo, Luana Carolina Zabotto Marchetti e Giovanna Dantas Klnpeldes, são os outros alunos que participam do projeto, sob a orientação das professoras Andrea Moralez de Souza e Milene Rodrigues de Oliveira.
A diretora da escola, Lucinei Tavoni, manifestou sua emoção com a seleção da escola. “É emoção pura, alunos do ensino médio de uma escola pública do interior conseguir esse feito. Representar todos da escola pública em Dubai”, disse. O estudante Gustavo Batista também destacou a grandiosidade da escolha. “Estamos representando um país colossal do tamanho do Brasil, é a América Latina, é o sul Global”, declarou.