Em turnê, grupo Pau Brasil chega a São Carlos
Em março, o grupo Pau Brasil inicia sua turnê pelas unidades Sesc do interior de São Paulo, apresentando um show com parte significativa do vasto repertório dos últimos 30 anos de carreira que contém canções originais, vivas e bem humoradas. O grupo se apresenta em São Carlos nesta quinta-feira, 7, a partir das 20h no teatro.
Formado por Nelson Ayres no piano, Rodolfo Stroter no contrabaixo, Teco Cardoso no saxofone e flautas, Paulo Bellinati no violão, e Ricardo Mosca na bateria, o quinteto apresentará canções como “Pau Brasil”, “Babel”, “Pulo do Gato” e “Fogo no Baile”.
O Pau Brasil, considerado o mais significativo grupo de música instrumental da atualidade no Brasil, está prestes a lançar o Caixote Pau Brasil 1982/2012, uma coletânea com 8 CDs, 1 DVD e um livro que conta a história do grupo. “O livro foi escrito pelo jornalista Carlos Calado que fez várias entrevistas com os integrantes do grupo para reconstituir a trajetória deles nesses 30 anos da forma mais fiel possível. Além disso, o livro conta também com resenhas dos 8 CDs que fazem parte do Caixote”, conta o músico Rodolfo Stroeter.
Para Rodolfo, o reconhecimento pela qualidade no trabalho que apresentam deve-se muito à maturidade alcançada ao longo do tempo. “Com 30 anos de existência, considero que o grupo tenha atingido uma maturidade musical rara de ser encontrada nos dias de hoje. A receita para a longevidade do grupo é o interesse coletivo na prática e na criatividade de uma música original e brasileira”.
Rodolfo Stroeter ressalta. “Ao longo de sua existência, o Pau Brasil sempre procurou uma linguagem musical que tivesse os elementos brasileiros e ao mesmo tempo, voos improvisatórios. Mesmo contando com diversas formações ao longo do tempo, a ideia da música do grupo permaneceu a mesma. Essa linguagem brasileira nos levou a uma carreira internacional, fazendo com que o grupo se apresentasse nos Estados Unidos, Japão e Europa nessas três décadas de existência”.
As inspirações do Pau Brasil vêm de Heitor Villa Lobos a Pixinguinha, de Hermeto Pascoal a Egberto Gismonti, do jazz norte-americano à música contemporânea europeia ou à música indígena brasileira. “Todos esses elementos são bem-vindos e fazem parte da nossa formação”, completa Rodolfo.