Entendendo o TEA (Transtorno do Espectro Autista)
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Na segunda semana de abril, será falado um pouco mais sobre as especificidades do TEA e como ele afeta a vida das pessoas que vivem com essa condição. Pois, uma vez que se entende o transtorno, é possível acolher melhor essas pessoas e combater o preconceito.
O autismo, com o nome técnico oficial: Transtorno do Espectro do – Autismo (TEA) – é uma condição de saúde caracterizada por déficit em duas importantes áreas do desenvolvimento: comunicação social e comportamento. Além disso, não há só um tipo de autismo, mas muitos subtipos, que se manifestam de uma maneira única em cada pessoa.
Por ser tão abrangente, se usa o termo “espectro”, pelos vários níveis de comprometimento. Há pessoas com outras doenças e condições associadas (comorbidades), como: deficiência intelectual, epilepsia, depressão, ansiedade e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.
Na maioria dos casos, o TEA se manifesta nos primeiros 5 anos de vida. Ressaltando a importância da atenção dos cuidadores aos sinais de desenvolvimento e do acompanhamento profissional.
O autismo funciona em níveis, ou seja, ele pode se manifestar de forma leve até uma forma mais severa. Assim, o nível intelectual de uma pessoa com TEA varia muito de um caso para outro, desde deterioração profunda até casos com altas habilidades cognitivas.
Sendo níveis 1, 2 e 3 de suporte, esse diagnóstico detalhado será dado por um profissional da saúde, como um psicólogo, neuropsicólogo ou psiquiatra.
Já quando falamos sobre os sintomas, podemos dividi-los em três grupos ou níveis.
O nível 1 de suporte, em que há o domínio da linguagem, inteligência normal ou até superior e menor dificuldade de interação social que permite levar a vida próxima do considerado normal.
Já o nível 2 de suporte é quando o paciente pode ser mais voltado para si mesmo, não estabelece muito contato visual com as pessoas e nem com o ambiente. Pode conseguir falar, mas não usa a fala como ferramenta de comunicação (chega a repetir frases inteiras fora do contexto) e tem comprometimento da compreensão.
E no terceiro, há ausência completa de qualquer contato interpessoal, incapacidade de aprender a falar, incidência de movimentos estereotipados e repetitivos e deficiência intelectual.
Sabe-se que o TEA é um transtorno crônico, mas que conta com esquemas de tratamento que devem ser introduzidos tão logo seja feito o diagnóstico e aplicados por equipe multidisciplinar, pois isso permite a melhor e maior adaptação do paciente, assim como uma melhor qualidade de vida para a pessoa.
E é altamente recomendado que uma equipe multidisciplinar avalie e desenvolva um programa de intervenção personalizado, pois nenhuma pessoa com autismo é igual a outra. Por isso, se deve envolver a intervenção de médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, pedagogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e educadores físicos, além da imprescindível orientação aos pais ou cuidadores. Além disso, na escola um mediador pode trazer grandes benefícios, no aprendizado e na interação social.
Matheus Wada Santos
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