Após liberação do IML, corpo de estudante é enterrado em Igaraçu do Tietê
O corpo da Doutorando em Matemática Computacional, Giseli Aparecida Braz de Lima, que morreu após ser atingida por um galho de árvore dentro do campus da USP, foi enterrado na tarde de ontem, 14, em Igaraçu do Tietê (SP), na região de Bauru, cidade natal da vítima.
Após o acidente, o corpo da estudante deu entrada no IML por volta 20h e foi liberado às 22h para os serviços funerários. Por volta das 2h30, o corpo chegou a Igaraçu do Tietê, onde a família já o aguardava para o velório. O enterro ocorreu às 15 horas, marcado por muita comoção dos presentes.
Um ônibus do campus foi solicitado pela direção do ICMC para levar alunos e professores do departamento até Igaraçu do Tietê para o acompanhamento do velório e enterro da estudante.
Segundo informações, Giseli era de uma família tradicional daquela cidade e desde 2010 morava em São Carlos quando iniciou o estudos de mestrado no Instituto de Ciências Matemáticas e Computação (ICMC) em Ciência – Matemática Computacional, atualmente cursava doutorado da mesma disciplina,
A tragédia que ocorreu por volta das 17h30 de quarta-feira, 13, chocou alunos do campus e amigos próximos de Lima, que entristecidos pela fatalidade não quiseram se pronunciar sobre o acontecido. Poucas testemunhas que estavam próximas ao local relataram que Giseli estava com mais alguns amigos sentada em frente à cantina, que fica a poucos metros da entrada do prédio de matemática, quando o barulho do rompimento do galho da árvore foi escutado, em segundos o galho veio a despencar, quebrando uma janela do prédio ao lado e atingindo fatalmente a cabeça de Lima. De acordo com a certidão de óbito entregue à funerária da cidade, a doutorando sofreu traumatismo craniano.
O delegado do caso, do 3º Departamento de Policia, Aldo Donisete Del Santo, diz que o inquérito sobre as causas do acidente foi aberto e ele aguarda o laudo final da perícia e do IML para finalizar o caso.
Porém Del Santo já adianta que pelo levantamento de informações sobre o acidente não há uma questão criminal a ser apurada, pois a responsabilidade penal é subjetiva, isto é quando há uma pessoa a se responsabilizar, e neste caso, a fatalidade foi ocasionada por efeitos da natureza.
“Criminalmente, a instituição USP não pode ser responsabilizada pelo acidente. Agora na esfera cível é diferente. Ao fim do inquérito, a família, com amparo de um advogado, pode entrar com ação de responsabilidade penal e requerer alguma indenização a quem entender como responsável pelo acidente”, comenta o delegado.
USP – A USP São Carlos se pronunciou sobre o incidente por meio de nota decretando três dias de luto e lamentando a morta da estudante. Também prestou todo apoio à família. Sobre a manutenção e poda das árvores, a direção do campus alega que o serviço é feito semanalmente por engenheiro agrônomo do próprio campus.