Republicanos forçam democratas a tomar partido na política de Biden para Israel
A votação ocorreu em resposta à decisão do presidente Joe Biden de suspender um carregamento de bombas de 2 mil libras e 500 libras
Reportagem – Estadão Conteúdo
Os republicanos da Câmara dos Representantes dos EUA trabalharam para evidenciar as divisões democratas e a incerteza sobre a guerra em Gaza, aprovando um projeto de lei na quinta-feira, 16, que forçaria o governo americano a retomar os envios pausados de armas para Israel.
A votação ocorreu em resposta à decisão do presidente Joe Biden de suspender um carregamento de bombas de 2 mil libras e 500 libras, devido a preocupações de que elas seriam lançadas em áreas densamente povoadas durante um ataque israelense planejado a Rafah. Outros carregamentos prosseguiram: Dias depois de suspender a remessa de bombas, o governo disse que estava avançando com mais de US$ 1 bilhão em novas armas para Israel, incluindo munição para tanques, veículos táticos e projéteis de morteiro.
O projeto de lei, que foi aprovado por 224 a 187 votos, não tem futuro no Senado, mas tinha a intenção de traçar linhas políticas, fazendo com que os democratas ficassem do lado de Biden ou de seus críticos. No entanto, o partido se manteve firme, com apenas 16 democratas votando a favor do projeto, ao lado de quase todos os republicanos. Três republicanos se juntaram à maioria dos democratas e votaram não.
As pesquisas mostram que os americanos estão divididos em relação a Israel e em relação à maneira como o presidente Biden lida com o conflito. Em uma pesquisa recente da ABC News/Ipsos, 38% disseram que os EUA estavam fazendo muito para ajudar Israel, um aumento de 7 pontos porcentuais em relação ao início deste ano, enquanto 20% disseram que os EUA não estavam ajudando o suficiente e 40% consideraram a quantidade de apoio mais ou menos correta.