Emprego cai 4,81% no primeiro bimestre
O volume de contratações de trabalhadores em São Carlos caiu 4,81% no primeiro bimestre de 2013 em relação ao mesmo período do ano passado. Nos dois primeiros meses do ano passado foram registradas 6.855 contratações de trabalhadores. No primeiro bimestre deste ano este número caiu para 6.525 admissões. Os dados foram divulgados ontem na pesquisa mensal do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Neste primeiro bimestre, a indústria de transformação se destacou como a principal empregadora do município. Este setor gerou 1.548 vagas e cortou outras 1.091, com saldo de 457 vagas. A construção civil gerou 655 postos de trabalho e desligou outros 504, com saldo de 151 empregos. O setor do comércio mostrou saldo negativo de 242 vagas, resultado da subtração das 1.456 admissões contra 1.698 demissões. O setor de serviços também teve saldo negativo, cortando 153 vagas, com a admissão de 2.299 e a demissão de 2.452 trabalhadores.
Outra má notícia fica por conta do aumento de 0,48% apontada nas demissões no primeiro bimestre de 2013 ante o mesmo período do ano anterior. Somando-se os desligamentos de janeiro e fevereiro do ano passado, notamos que houve um total de 6.160 cortes. Neste ano, no mesmo espaço de tempo, este número aumentou para 6.190.
LINHA BRANCA – O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos e Região, Erick Silva, afirma que em 2012 houve um movimento em prol da Linha Branca, que é o setor que mais emprega em São Carlos. “Mesmo num ano ruim para a indústria tivemos um crescimento de 3% no emprego industrial metalúrgico em São Carlos no ano passado. Neste ano de 2013 já observamos contratações na Tecumseh, contratações na Elecrotrolux. Estou otimista e acredito que o emprego industrial metalúrgico deva viver um crescimento acima de 5% até dezembro”.
COMÉRCIO – Para o presidente do Sincomércio, Paulo Gullo, apesar de os setores de serviços e comércio registrarem números negativos neste início de ano, a tendência é de uma reversão de quadro. “É uma situação sazonal. Logo teremos a Páscoa, depois o Dia das Mães em maio e, aí, entramos num círculo virtuoso da economia como ocorre em todos os anos”.
FEVEREIRO – Avaliando apenas o mês de fevereiro, notamos que houve queda tanto nas contratações quanto nos desligamentos. O Caged revela que os nove setores da economia municipal avaliados contrataram 5,58% menos do que no mesmo período de 2012. Os novos registros de trabalhadores chegaram a 3.620 em 2012. Neste ano elas ficaram em 3.418. As rescisões contratuais caíram 3,74% em fevereiro em comparação ao mesmo período do ano anterior. No segundo mês de 2012 elas chegaram a 3.068. Neste ano, no mesmo período, foram registradas 2.953.
BRASIL – O mercado de trabalho brasileiro gerou em fevereiro 123.446 postos formais de trabalho, um aumento de 0,31% em relação ao estoque do mês anterior. Esse crescimento é resultado da geração de 1.777.411 admissões contra 1.650.965 desligamentos ocorridos no mês. Segundo avaliação técnica, esse resultado, comparativamente aos obtidos nos últimos meses, apresenta-se mais próximo da média.