A adolescência e a saúde mental
Todo conteúdo de informações e imagens são de responsabilidade do colunista
A adolescência é o período compreendido dos 10 aos 19 anos. E é marcada por mudanças estarrecedoras para quem as enfrenta. Essas são: físicas, sexuais, emocionais, de gênero, sociais, comportamentais e de identidade.
O que afeta também a saúde mental desse grupo. Nesse caso, se destacam os desafios da passagem da infância para a vida adulta.
Sabe-se que a adolescência é um período fundamental para o aprendizado, criação e manutenção de hábitos sociais e emocionais, tais quais: hábitos de sono, exercícios físicos, de como lidar com frustrações e com crises.
Assim, faz-se importante identificar as questões pelas quais os adolescentes passam, para que eles possam receber apoio e desenvolver melhor suas capacidades interpessoais e saúde mental.
Dentre elas, têm-se: preocupação com primeiro emprego, experimentações sexuais, pressão para se definir uma identidade ou grupo a qual pertencer, maior acesso à tecnologia, exposição a violência ou bullying e influências da mídia quanto a padrões físicos e estéticos ou de gênero.
Ademais, embora novas responsabilidades sejam esperadas dos adolescentes pelos cuidadores e sociedade, nem sempre elas lhes são atribuídas de forma correta, levando a experimentações e testes contra as regras.
Há, por exemplo, jovens que buscam maior independência da célula familiar, mas não sabem como atingi-la. Ou famílias que desejam que os adolescentes sejam mais responsáveis, mas negam a eles o espaço para atingirem essa independência.
Todos os embates internos, já citados, que o grupo vive podem resultar no desejo de enfretamento da autoridade, raiva ou culpa. Que, por sua vez, se manifestam na experimentação de comportamentos de risco. Como: uso de substâncias, aderência a grupos de ideologia mais radical, isolamento e pratica de comportamentos violentos. Além do aumento do risco de desenvolvimento de transtornos.
E os transtornos mais comuns que afetam os adolescentes são: a depressão, de ansiedade, o TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade), por uso de substancia e de conduta.
Portanto, é imperativo que se façam presentes em seus papéis os cuidadores, escola e profissionais da saúde, como o psicólogo. Buscando uma rotina saudável, investimento no autocuidado, criação de uma rede de apoio e estabelecimento de lugares seguros para que os jovens possam lidar com suas questões.
Psicólogo Matheus Wada Santos (CRP 06/168009)
Psicanalista especializado em gênero e sexualidade
Redes: @psi_matheuswada
Telefone: (16)99629-6663
Email: [email protected]