Exercícios físicos e a saúde mental, qual sua relação?
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Há várias décadas o impacto de uma rotina de exercícios físicos sobre a saúde mental vêm sendo estudada. Seja para o desenvolvimento intelectual na infância, para a manutenção de uma boa saúde mental na vida adulta, ou para impedir o declínio cognitivo no envelhecimento.
Tem-se que, devido a inúmeros fatores, os transtornos mentais são mais reconhecidos nos dias de hoje. Portanto, se fazem necessárias, diversas formas de enfrentamento para tais, dentre elas, as atividades físicas.
Desde o nascimento, o movimentar corporal faz com que a consciência física e mental seja desenvolvida e ativada constantemente. Resultando em contribuições para o desenvolvimento intelectual e memória.
Já ao falarmos da saúde mental da vida adulta, quem busca melhora nas questões de memória, atenção e foco pode recorrer aos exercícios por estimular o lobo frontal do cérebro, que quando feitos de forma correta, fazem com que o indivíduo desenvolva a capacidade de se concentrar em atividades por mais tempo.
E, ao envelhecer, esses mesmos exercícios e atividades para a memória, podem resultar também na diminuição do risco de doenças como Parkinson e Alzheimer. Além de fornecerem espaços para socialização e de fortalecimento das redes de apoio.
Os exercícios regulares também são responsáveis pela liberação de neurotransmissores que tem papel importante na regulação do humor e da ansiedade. E, um estilo de vida mais ativo, também colabora na prevenção de sintomas depressivos, de alguns problemas com autoimagem, reduz o estresse e melhora da autoestima.
Além disso, também resultam na liberação de endorfinas, que são neurotransmissores responsáveis pela sensação de bem estar e boa disposição. E que ajudam na melhora do sono e no controle do peso.
Apesar de todos esses benefícios para a saúde física e mental, a prática de exercícios não deve ser descabida. A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda cerca de 150 a 300 minutos por semana para adultos.
Ainda para a OMS (Organização Mundial da Saúde) o caminho ideal para o tratamento de muitos transtornos, como os ansiosos, depressivos e de personalidade (como o bipolar), passa por uma colaboração entre: psicoterapia, medicamentos e exercícios físicos.
E, com a ajuda de um psicólogo é possível entender se o uso das atividades físicas está sendo feito de uma forma boa e prazerosa, ou de uma forma negligenciada e sintomática. Ademais, pode ser feito um planejamento para que essas se integrem e permaneçam na rotina. E também tratar as questões que levaram a busca pelas atividades.
Psicólogo Matheus Wada Santos (CRP 06/168009)
Psicanalista especializado em gênero e sexualidade
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