A ansiedade nos adolescentes no pré-ENEM
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Sabe-se que a adolescência é um período complicado, tendo seus lutos, crescimentos e estresses.
Há também as questões identitárias e sexuais comuns, pois envolvem as mudanças de papéis sociais e relacionais que agora podem ser desempenhados. Como, por exemplo: aumento das responsabilidades, pertencimento a novos grupos, questões de sexualidade e gênero, conscientização de não ser mais criança e as mudanças físicas que marcam o período.
Em meio a tudo isso, há o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), que, em si, é uma prova concorrida e extenuante, assim como os outros vestibulares.
Mas, que representa, psicologicamente, muito mais do que o que está no papel. É o nervosismo de lidar com mais uma decisão: a de qual caminho a pessoa quer trilhar em sua fase adulta.
Assim, é comum que se relate que o peso das provas é o mesmo de ter que decidir o que alguém “fará para o resto da vida”; que “já está virando adulto”; ou ainda que a prova é “uma chance de mudança de vida”.
Portanto, as fantasias, ansiedades e frustrações marcam esse episódio. Questões que, se não forem devidamente tratadas, podem facilmente prejudicar o desempenho e a saúde mental dos vestibulandos.
A ansiedade é uma forma de medo que pode nos paralisar em frente a um novo desafio. E possui uma ocorrência mais comum entre adolescentes.
E, quando um momento tem o potencial de se tornar definidor de nossa identidade adulta, essa mesma ansiedade pode se tornar algo aterrador, resultando em angústias, inquietações, mal-estar, enjoos, desmaios ou outros sintomas físicos, que podem até impedir uma pessoa de realizar o exame.
Ao considerarmos o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), há ansiedades comuns no quesito “bom desempenho” e “possíveis falhas”. Para tanto, são necessárias estratégias de enfrentamento para a prova.
Dentre elas: ter boas noites de sono, realização de provas antigas como treinamento, criar hábitos e rotina de estudos, manter uma alimentação mais leve próximo às provas, utilizar de técnicas de relaxamento e ter um espaço seguro para lidar com medos e ansiedades, como na psicoterapia.
Com o auxílio de um psicólogo é possível ter uma escuta qualificada sobre os seus medos; elaborar as questões que resultam em ansiedade; criar estratégias e hábitos de organização; e lidar com as inseguranças desse período.
Psicólogo Matheus Wada Santos (CRP 06/168009)
Psicanalista especializado em gênero e sexualidade
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