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Espaço da Escola Jesuíno de Arruda

21/11/2024 21h18 - Atualizado há 11 horas Publicado por: Redação
Espaço da Escola Jesuíno de Arruda

Desespero

Coloco as minhas mãos embaixo da torneira, a água gelada ajuda a aliviar a dor em minhas mãos, vejo a água ser tingida em um tom avermelhado, acho que dessa vez eu passei dos meus limites, esfrego a minha mão até sair toda a coloração vermelha, olho para trás vendo o homem morto com a barriga aberta, sinto o arrependimento invadir o meu peito, eu não me lembrava do por que eu tinha feito isso, muito menos o que me levou a fazer isso, só lembro quando o homem caiu no chão já sem vida, limpo toda a pia e forço uma tosse.

” Por que eu te matei?” Sussurro na esperança do homem responder.

Forço o homem a se virar de barriga para baixo, eu tinha que arrumar uma força para o tirar daqui sem a polícia me ver, olho para o bilhete que estava encima da minha cômoda, desta vez eu tinha escrito o motivo? Pego o bilhete lendo a mensagem.

“Não fique com dó, este homem iria te matar para te usar como um objeto sexual”.

(Trixy – 3ª série A)

 

 

Floresta Encantada

A floresta vermelha, uma floresta linda, cheia de animais, frutos e flores, o cheiro de suas flores iam a metros de distância, porém nenhum morador da aldeia entrava nela a anos, dizem que o falecido príncipe entrou na floresta para caçar, a sua meta era pegar um animal para dar para os aldeões em comemoração a subida do príncipe ao trono, porém o príncipe jamais retornou, os aldeões dizem que a floresta o matou, mas nem todos acreditaram nesta história, imagina uma floresta matar o príncipe, futuro rei?

Então, atualmente, um aldeão que não tinha mais amor a vida espalhou pela aldeia que iria entrar na floresta, todos o rotularam como louco, dizendo que ele não sabia mais o que estava dizendo e até tentaram o prender num manicômio, porém sem sucesso, porque o aldeão realmente não tinha mais amor a vida, a chama de sua vida e um ótimo motivo para o permanecer vivo, não tinha mais.

Então quando estava anoitecendo o aldeão entrou na floresta, logo ele sentiu o cheiro das flores ficaram mais fortes, flores tão doces que por um momento ele sentiu vontade de viver novamente, ele mantinha a sua pistola preparada para atirar em qualquer bandido que estava escondido na floresta, ele não acreditava que a floresta tinha vida e matará o príncipe por vontade própria. Ele ouviu um galho caindo no chão com tanta força que ele pensou que o galho tinha vários quilos, então passos com o chacoalhar das folhas se aproximaram, o aldeão olhou para trás e viu uma árvore com uma aparência tão antiga que parecia que ela estava ali desde que o mundo foi criado, ele olhou para a frente novamente e deu mais passos até achar uma cachoeira que a água tinha tons de vermelho, igual sangue, ele olhou novamente para trás e viu a mesma árvore.

O aldeão resmungou alguma coisa e sentiu que a árvore o olhava fixamente. Talvez ele estivesse novamente ficando louco, pois sentiu que a árvore o abraçou tão forte que o seu osso quebrou e talvez isso tenha acontecido mesmo, pois ele viu o antigo príncipe com olhos em branco o olhando.

(Trixy – 3ª série A)

 

 

O sorveteiro

O sorveteiro saiu novamente pelas ruas, a música da van de sorveteiro se espalhou pelas ruas, todos saíram para comparar o sorvete e um sorveteiro colocou a cabeça para fora com luvas nas mãos e uma máscara de urso, ele fazia mímica animando as crianças para comprar mais e mais e as crianças saíram dizendo que o sorvete era o melhor e o sorveteiro era legal, mas algumas crianças começaram a sair correndo atrás da van, implorando por mais sorvete como se elas tivessem virado zumbis.

No dia seguinte, não se ouviam mais falar das crianças que foram atrás da van e logo desaparecerão, porém, o sorveteiro estava lá novamente, com as casquinhas e mímicas que animavam as crianças, os pais por sua vez, não saiam na rua para perguntar ao sorveteiro o que aconteceu com as crianças, ou quem ele era, os pais só se mantinham na sala com as janelas fechadas, uma criança começou a achar isso estranho, porém ela não teve coragem para indagar o sorveteiro, e apenas pegou a casquinha e fingiu comer o sorvete, logo cinco crianças viraram novamente zumbis e começou a correr atrás da van, porém desta vez ela pode ver uma das crianças com olhos brancos e implorando por mais sorvete.

Será que o sorvete era tão bom que as crianças entram em euforia, ou o sorveteiro escolhia qual criança ficaria assim para fazer mais sorvete?

(Trixy – 3ª série A)

 

 

 

Origens

A minha família está estranha, desde que eles chegaram de uma viagem que era para durar cinco dias e que, na verdade, duraram duas semanas, eles estavam estranho, eles não ligaram mais a TV, meus pais ficam horas e horas olhando para a TV desligada e sorrindo como se estivesse passando algo divertido, mas não estava passando nada, minha irmã por sua vez fica sentada na sua cama, de costas para a porta e nina o seu urso de pelúcia, minha irmã mais velha fica deitada na cama e fala com o celular desligado como se tivesse alguém no outro lado da linha e eu tenho certeza que aquelas coisas não são a minha família.

Não sei se você vai conseguir me entender, mas é como se a minha família estivesse morta e aqueles seres tomou os lugares deles, você já viu alguém conseguir sorrir o dia inteiro e não desfazer o sorriso nem por um segundo? Talvez você esteja pensando que eu estou ficando louca e que aqueles são, sim, a minha família, mas não são e eu tenho a sensação que eles estão me observando neste exato momento, na verdade, para ser sincera parece que todos estão estranhos e sorrindo o tempo todo, como se tivessem sido abduzidos, ou como se alguém costurou a boca deles.

Mas é estranho, eu tenho certeza que isso não é o normal, eu peço a sua ajuda para eu conseguir me livrar deles, antes que eles me peguem também e vire um deles.

Apenas me ajude… Não! Melhor! Apenas se junte a gente.

(Trixy – 3ª série A)

 

 

 

 

 

Dias e Noites

Nasce o dia em tom suave,

Brilha o sol sobre o vale.

A brisa leve, em viagem,

Traz do campo a mensagem.

 

As flores dançam com o vento,

Em silêncio, o pensamento,

Segue o curso de um rio,

Que reflete o céu vazio.

 

O tempo passa, lento e calmo,

Com seus passos, deixa o traço,

Da beleza que há no espaço,

E no instante que nos acalma.

 

E quando a noite vem chegando,

Com estrelas despontando,

A lua faz sua morada,

E ilumina de madrugada.

(Brayan – 1ª série A)

 

 

 

O colorido de ser criança

Eu sinto falta da minha infância. Eu brinquei de boneca, de bola, de cozinha, de carrinho, de tudo. Com minha imaginação criei personagens, cenários, situações e histórias. Na escola, ora eu estudava, ora eu brincava, tudo ocorria em pleno equilíbrio. As meninas falavam sobre os meninos e os meninos falavam sobre as meninas, ninguém sabia ao certo o que significava mas todos queriam ter uma namoradinha, um namoradinho. Era incrível! Porém, não é disso que eu sinto falta. Eu sinto falta da minha infância. Aquela infância que nos torna uma criança, uma criança que não liga para o que vai falar, que não liga para como vai se vestir, como vai se portar, ou que amanhã cedo tem aula e não avisou a mãe que precisa levar uma cartolina. Eu sinto falta da minha infância. Eu sinto falta de quando eu não tinha medo de sair na rua, medo de não aceitarem a cor da minha pele, de ridicularizar o meu cabelo. Eu sinto falta de quando eu podia levar um brinquedo para a escola e voltar para casa com um doce. Eu sinto falta da minha infância!

(Iny – 3ª série A)

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