A importância de dizer “não” para uma criança
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Na última semana se popularizou nas redes um vídeo em que uma mulher adulta se nega a ceder o assento de avião a uma criança (a pedido da mãe), que queria sentar na janela. Uma moda que vem se tornando comum nesse contexto, em que alguns passageiros não se planejam ou pagam menos, para depois pedirem por mudanças aos outros, usando seus filhos como moeda de barganha.
Em resposta ao limite, ao “não”, a criança começa a chorar e fazer birra, que é um comportamento emocional de expressar um sofrimento.
Porém, isso acontece em resultado ao fato de não se conseguir o que quer imediatamente, ou seja, demonstra uma frustração por não ter todos os seus desejos atendidos.
E se a mulher houvesse cedido o seu lugar?
Pode parecer algo corriqueiro ou bobo. Mas, caso se eduquem os filhos a sempre receberem o que querem ou sempre ditarem as regras, é assim que eles irão acreditar que o mundo funciona.
Isso quer dizer que, nos contextos em que o “não” é desvalorizado, as crianças se tornam mimadas. Em outras palavras, não há recursos psíquicos para lidar com frustrações quando essas ocorrem.
Na infância, isto resulta em questões como: dificuldade de enfrentar desafios, seguir regras, aceitar perdas, enfrentar luto, dificuldades afetivas, agressividade e comportamentos antissociais.
E ao longo do crescimento, decorre em adultos que: não aceitam os limites do outro, não sabem lidar com frustrações, não sabem lidar com aquilo que é diferente, não aceita regras e nem críticas construtivas, critica os outros em excesso e sempre considera que está se sobressaindo aos outros.
Por isso, é importante o papel de um psicólogo. Que pode ajudar os pais na parte de educação socioafetiva e de imposição de limites; e também ajudar as crianças e adultos a lidarem com questões de frustração, estabelecimento de limites e empatia.
Psicólogo Matheus Wada Santos (CRP 06/168009)
Psicanalista especializado em gênero e sexualidade
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