Di Canio se recusa a dizer se é fascista
O novo técnico do Sunderland, Paolo di Canio, qualificou de “ridícula e patética” a polêmica gerada por sua contratação, e recusou-se a dizer, nesta terça-feira, 2, se tem convicções fascistas.
O italiano de 44 anos assumiu no domingo o comando da equipe, que está ameaçada de rebaixamento no Campeonato Inglês. A polêmica em torno de Di Canio data de 2005, quando ele disse à agência de notícias italiana Ansa: “Sou fascista, não racista”.
Em protesto contra a contratação dele, o ex-chanceler britânico David Milliband renunciou à sua vaga no conselho do Sunderland, e uma poderosa entidade sindical de mineiros da região pediu a retirada de uma faixa sua instalada permanentemente no estádio do time.
Na sua primeira entrevista coletiva no cargo, Di Canio disse que não falaria mais sobre a polêmica, pois já houve “uma ótima declaração do clube, (com) palavras claríssimas vindas de mim”.
“Não quero mais falar de política por uma razão: porque não estou no Parlamento, não sou um político, vou falar só de futebol”, acrescentou.
Em nota divulgada na segunda-feira, Di Canio alegou que sua declaração de 2005 foi tirada do contexto. “Expressei minha opinião em uma entrevista há muitos anos. Algumas partes foram retiradas para conveniência da mídia”, afirmou.